Bonito pra caramba! – Nascente Azul e Rio da Prata
São três dias dos seis que planejamos passar em Bonito/MS e já achei digno fazer um post para falar das impressões que tivemos desse pedaço de paraíso escondido no cerrado mato grossense do sul. Bonito é bonito, de verdade! Da forma mais pura. Natureza exuberante e sem igual, povo simples e acolhedor, cheia de experiências de tirar o fôlego.
É uma viagem daquelas que eu recomendaria sem pestanejar, pois o lugar oferece uma infraestrutura excelente para todo tipo de turista, desde os mais econômicos até os mais exigentes. Apesar das entradas nas atrações terem os preços salgados, a grande maioria dos passeios que fizemos até agora compensam e muito todo o planejamento para a viagem.
O centrinho da cidade é pequeno, mas cheio de lojinhas de artesanato e ótimas opções de comidas, inclusive muitas regionais e outras vegetarianas (Zapi Zen e Kiosque Trattoria ganharam meu coração) <3 Sabe aquele climinha de cidade de praia? Então, achei bem parecido. No centro também ficam a maioria dos hotéis e agências de turismo e é também onde estamos hospedados. As principais atrações da cidade, que são os rios cristalinos, as nascentes em tons de verde e azul, as cachoeiras e abismos, ficam fora da cidade, em propriedades particulares e RPPN’s e são sempre um tanto longe. Por isso preferimos vir de carro alugado depois de pegar um vôo do Rio até Campo Grande. São mais de 3 horas de estrada, mas é uma paisagem todinha rodeada de campos enormes e muitas fazendas, o que é bem lindo. A escolha do carro alugado foi sem dúvidas a melhor, pois sai bem mais em conta do que usar o transporte oferecido pelas agências.

Logo no primeiro dia já conhecemos a Nascente Azul, um passeio curtinho onde a gente logo dá de cara com um rio cristalino e azul em meio a uma mata verdinha, cheia de animais silvestres. Fizemos o mergulho na nascente, com direito a apneia (prendendo a respiração e segurando numa cordinha – bem fácil nesse local) e depois fizemos a flutuação utilizando máscara e snorkel pelo riozinho formado pela nascente. Um trajeto curtinho, mas cheinho de peixes. Fiquei encantada com a nascente azul, pequenininha e tão bonita! Os equipamentos usados no passeio estão inclusos no valor que a gente paga e tem também uma lagoa onde é possível nadar, fazer tirolesa, andar de caiaque, tem um redário pra descansar e também um restaurante que serve lanches e almoço tipo buffet. Nesse dia fomos também na Praia da Figueira, mas sinceramente não aconselho. É uma lagoa artificial cheia de peixes iguais que são alimentados sem controle (logo eles fazem muito cocô) e você paga até pra respirar. Achei que não vale a pena.

Mari fazendo o mergulho

Tirolesa
No segundo dia fomos ao Recanto Ecológico do Rio da Prata fazer a flutuação da nascente do Rio Olhos D’água até o Rio da Prata e putz! Que passeio incrível! Foi uma das coisas mais lindas que já vi na vida. Água azulzinha com aqueles raios de sol da manhã entrando nela, muitos peixes e um verde incrível em volta. Ainda tem dois trechos onde a gente vê a água literalmente brotando do chão. É lindo demais! Pra chegar até o rio a gente pega um caminhão tipo pau de arara e passa pela fazenda, no caminho vimos tatu, siriemas (muito divertidas porque correm desengonçadas na frente dos carros) e outros pássaros. Na trilha até o rio, mais pássaros da região e muitos cogumelos rsrs Como no primeiro passeio, os equipamentos estão inclusos no valor e tem uma sede onde a gente pode almoçar e descansar.


Rio da Prata/ Nascente Olhos D’água

Nascente de água borbulhante no Rio da Prata
Hoje estava bem frio aqui, mas mesmo assim mantivemos o roteiro e fomos na Estância Mimosa, uma fazenda cheinha de cachoeiras! É tão lindo que não teve como não mergulhar, mesmo com o frio. Só que isso vai ser assunto pra outro post, né? Prometo voltar logo com mais bonitezas:)



Uma dessas pausas é a hora do almoço, quando faço questão de cozinhar diariamente a nossa comida. Pôr a mesa com alimento saudável e preparado com carinho. Durante esse processo que já dura mais de um ano, passei a consumir de forma mais consciente, evitando ao máximo o desperdício e optando por ingredientes mais saudáveis. Tendo um contato mais próximo com a comida, comecei a me questionar de onde vinha aquele alimento que eu consumia, qual é o impacto que ele causa no ambiente e principalmente, o quanto de crueldade ele carrega. Depois de 6 meses de adaptação, eliminei as carnes da minha rotina. Comecei pela carne vermelha e devo dizer que foi a mais fácil. Depois foi a vez das carnes brancas, o que me exigiu um pouco mais de esforço. Mas estou firme no meu propósito e feliz com as minhas escolhas. Sempre que possível dou preferência a alimentos orgânicos e também tenho eliminado aos poucos o consumo de ovos e outros produtos de origem animal. Quanto ao leite, ainda não consegui pensar na possibilidade de parar de comer pão de queijo e queijos, eu amo tanto. Mas tenho tentando consumir de forma um pouco mais consciente, buscando por produtores certificados.
As escolhas que fazemos para ter um trabalho do nosso jeito, com a nossa cara, acabam por impactar a vida como um todo. E é maravilhoso ver como uma coisa se liga a outra de uma forma especial, como tudo se transforma em uma cadeia de descobertas. Muito disso eu devo agradecer ao
Há exatos 2 anos atrás, eu embarcava na primeira aventura no Decola! LAB e esse era um momento decisivo pra mim, tinha saído de um emprego com carteira assinada para investir no sonho de levar a Toda Coisinha em frente. O sentimento do qual me lembro com clareza dessa época era aquele de “ou vai ou racha”.

