Nova Lima

Notícias fresquinhas e deliciosas da semana <3

Essa era para ser mais uma semana como outra qualquer aqui no reino das coisinhas. Tem horas que vou levado a vida de uma maneira tão calma que nem vejo o tempo e quando reparo, ele passou num piscar de olhos e eventos tão esperados já estão logo aqui, já batendo na porta! Bom, pelo menos ainda não é o Natal nem o ano novo chegando! Até porque, até lá ainda tem muita água para rolar.

ju amora para toda coisinha bannerOntem foi dia de lançamento de uma parceria incrível entre a Toda Coisinha e a Ju Amora, marca das banquetas mais originais e coloridas da internet e que é tocada pela minha amiga querida, Ju Amorim. A Ju criou uma série de 3 banquetas com desenhos especialmente desenvolvidos para a Toda Coisinha, ou seja, você não vai encontrar essas banquetinhas lindas em nenhum outro lugar! Elas são alegres, ficam perfeitas na decoração da casa e trazem cor para qualquer ambiente <3 São um xodozinho mesmo, com muito cariño em cada pincelada!

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Tem passo a passo especial na Oca Pop!

Já hoje, foi ao ar 2ª edição da Revista Oca Pop e ela está simplesmente deslumbrante! Assim como a anterior <3 cheinha de gente boa e talentosa dando dicas para as comemorações de fim de ano! O melhor de tudo é que além de ter um conteúdo de qualidade, a Oca é totalmente gratuita e online. Você pode ler quantas vezes quiser e compartilhar com quem você gosta e sabe que vai adorar! Aqui mesmo você pode clicar e ler a revista!

Além dessas notícias lindas, nesse sábado estarei em Nova Lima/MG, e também participarei das comemorações do 3º Aniversário do Maison Marie, um salão pra lá de especial que fica no centro da cidade. Vê só que lindo:

maisonmarieVou levar na mala as cosinhas mais lindasque tenho aqui para participar da Feira de Moda e Arte que acontecerá nesse sábado, dia 14/11, das 09 às 17h, no Maison Marie. Avenida Rio Branco, 470, Centro, Nova Lima/MG. Vai ter Toda Coisinha, vai ter Bem Bolado, vai ter 1303 e Isabela Konstantin, além de um dia da beleza especial com os produtos da Tuss Cosmetics <3

Se estiver por perto, não vai perder, hein? Vai ser lindo <3 E semana que vem eu vou com mais novidade! Dessa vez pra quem é do Rio! Oba!

Uma história Fora do Comum (com pão de mel!)

por em Inspira Ação, inspiração
O post de hoje é sobre uma história “Fora do Comum”, de uma moça que admiro e gosto muito. Conheço a Amandinha de longa data, pois cidade do interior é assim mesmo, todo mundo se conhece sem se conhecer direito. Mas acabamos nos aproximando por causa de situações não muito boas dessa vida, quando ela há 11 anos atrás descobriu que tinha uma MAV no cerebelo (Malformação arterio-venosa) e na mesma época, perdi meu irmão mais novo, o Joãozinho, aos 14 anos, vítima de um aneurisma. Nunca falei disso por aqui, pois essa é uma daquelas coisas que só de lembrar fazem os olhos se encherem d’água e o coração apertar de tanta saudade, saudade que não passa nunca mas que hoje tem a dor amenizada pelo tempo, pelas boas lembranças que ficaram e por histórias como a da Amanda, que fazem acreditar que ninguém vai embora ou fica por aqui à toa.
Hoje a Amanda é uma pequena empreendedora e faz os pães de mel mais deliciosos de Nova Lima à frente da Fora do Comum. Fico muito feliz em ver isso tudo acontecendo e saber que fui uma pecinha importante nessa história que ela conta logo a seguir.

Com a palavra, Amanda!
“A Zilah diz que é minha fã. Mas eu também sou fã dela e foi nela que me inspirei para começar a me tornar uma peça expressiva nesse mundo que é um grande quebra-cabeças. Assim como ela, após experiências de vida FORA DO COMUM, dei a volta por cima e hoje estou aqui, sendo exemplo para muitas pessoas, além de a cada dia aprender a usar todo o aprendizado das lições que a vida deu para crescer.
Era apenas uma garota no mundo que estudava, tinha uma família tradicional na cidade e passava as tardes vendo tv, ouvindo músicas, comendo brigadeiro na panela quando aos 15 anos a vida veio e virou tudo do avesso. E foi mais ou menos aí, aos quinze (assim como a Zilah quando descobriu que esperava a Mari) que descobri que o avesso era o lado certo (isso foi plágio facebukiano! hahaha).
Diversão garantida com a timidez na hora das fotos
Mas foi muito difícil entender aquilo na época, há 11 anos atrás. Por motivos completamente diferentes da Zilah, que se tornou mãe, mas também aos 15, aconteceu algo que eu não pedi para acontecer mas que entrou sem pedir licença na minha vida. Era uma Malformação arterio-venosa no cerebelo (MAV, como é mais conhecida) e de repente tive que me submeter a uma neurocirurgia para a retirada desse tumor (benigno). Era isso, fazer a neurocirurgia que me deixaria tantas sequelas ou morrer. Sem opção a cirurgia foi autorizada por meus pais (eu tinha menos de 18 anos, não pude escolher) e depois de 3 dias acordei, sem conseguir me expressar, sem andar ou ao menos sentar e com a paralisia facial do lado direito do rosto. Começaram aí as longas sessões de fisioterapia, a fonoaudiologia, as intervenções cirúrgicas no olho direito que foi muito prejudicado pela paralisia facial.
Depois de melhorar fisicamente com tudo isso e retomar a vida ‘normal’, recentemente me vi diante do mesmo problema. Na cirurgia anterior o tumor não foi totalmente removido e ele voltou a crescer. Essa era a razão dos vômitos e dores de cabeça intensos dos últimos dias. Dessa vez, aos 26 anos tive a opção. Pude escolher entre a cirurgia ou não. Pensar em passar tudo de novo era desesperador pra mim e o primeiro impulso que tive foi de negar a cirurgia. Mas depois, com consciência, resolvi deixar que a vida se encarregasse de resolver isso pra mim. Um dia antes do meu aniversário de 27 anos operei e no dia seguinte recebi o maior presente que a vida poderia me dar: Saí dessa ‘ilesa’, entrei para o bloco cirúrgico conversando e saí do mesmo jeito. No dia do meu aniversário, eu estava sentada na cadeira esperando minha mãe ir me visitar no CTI e quando ela chegou para me dar parabéns, eu pude levantar da cadeira, abraçá-la e dizer com todas as letras que a amava. Tudo isso foi em outubro do ano passado.
Menos de 1 semana depois eu estava em casa e prometi que assim como a vida fez por mim, eu faria pela vida, para honrar-la, pois foi assim que ela (re)começou.
Por tudo isso cheguei a conclusão que já estava mais que na hora de colocar a mão na massa e dar um novo sabor à vida!!! Fazer algo para fora de mim, algo pro mundo mesmo. Claro que o lado financeiro é uma questão importante, mas o fato de estar levando alegria para as pessoas e tornar seu dia melhor de alguma forma é o foco principal. E nada melhor do que um toque de chocolate (que é uma grande paixão minha). 
A ideia era fazer algo realmente diferente do que apenas chocolate. Pronto!!! Voltei 8 anos atrás e peguei aquela receita dos pães de mel deliciosos que eu amava e resolvi, eu mesma, fazê-los para vender. Dei o nome para eles de FORA DO COMUM e eles são mesmo assim. 
Os pães de mel levam cerca de 3 dias para ficarem prontos, além de ter várias especiarias finas como ingredientes. Na faculdade, entre a família e amigos o pão de mel faz o maior sucesso. Ah! E principalmente comigo, que volta e meia caio na tentação e acabo comendo também.”
Então, contem pra gente o que acharam dessa história  que eu (Zilah) acho linda demais <3

Ah! E quem for de Nova Lima e região, pode encomendar essas gostosuras pelo telefone (31) 3542 5800 ou 8872 4087. 

Agora tem também a página no Facebook! Não deixem de curtir!

Câmeras antigas e senta que lá vem história!

Antes de tudo: não sou fotógrafa porém, não nego as tradições da família. Adoro fotos, adoro câmeras e recentemente achei algumas antigas guardadas aqui em casa, estavam quase que abandonadas e com todo meu instinto de guardadora de coisinhas, resolvi cuidar delas. Peguei todas, limpei e abriguei com carinho nas prateleiras do quarto. 
O xodozinho

Além de terem todo um valor sentimental, essas câmeras dão um toque super especial à decoração do quarto, já que a maioria delas não tem mais condições de funcionar. Ainda preciso averiguar se a Polaroid e a Rolleiflex funcionam, elas estão muito bem conservadas! Quando tiver um tempo e dinheiro, vou pesquisar filmes para testar e ver se dá resultado.

A linda da Rolleiflex, ainda tenho alguns filtros e outros acessórios guardados na capinha de couro original
Rolleiflex na capa de couro, uma miniatura moderna, Pucky I

Prateada de fabricação nacional e anônima, Mithra (Suíça), Instamatic, Six-20 da Kodak

Apesar de considerar que não tiro fotos ruins, tenho plena consciência de que não herdei a vocação da família para a fotografia mas, posso ter herdado de alguma forma a sensibilidade que me faz querer transformar o mundo em um lugar de coisinhas e de amor. Mesmo assim me esforço e tento aprender mais a cada dia, nem que seja para tirar fotos rotineiras, fotos para o blog e fotos para guardar como lembrança. A coisa é: estou me apaixonando cada vez mais por esse universo que envolve uma parte linda e da qual tenho muito orgulho da minha história.

Como disse no início do post, a história da família tem muito de fotografia e as câmeras antigas que vocês viram são um testemunho disso.
Meu bisavô, Carlos Victor Gomes, foi o primeiro fotógrafo industrial de Minas Gerais, logo no início do século XX. Dele, meu avô Zinho herdou o dom e a técnica da fotografia, além de muitas câmeras. 
Na foto, minha bisavó Augustinha, dois de seus filhos e o bisavô Carlos 
O vô Zinho foi quem teve a primeira loja de fotografia de Nova Lima, o Studio Victor. Ele trabalhava em eventos, tirava fotos de famílias, fazia fotos para documentos, tudo o que precisassem. O trabalho dele já era mais parecido com o da maioria dos fotógrafos atuais, exceto por toda parafernalha analógica.
Poster do Foto feito pelo meu Tio Luís, um artista de primeira linha

O Foto (como a gente costumava chamar o estúdio) do meu avô foi fechado em 1988 e ele faleceu em 1992, dessas coisas ficaram as lembranças em fotos, objetos e por incrível que pareça, ainda guardo alguns flashes na memória.

A câmera de madeira, o Studio e a mini Dona das Coisinhas – 1988

Quando criança, eu adorava brincar na casa de uma tia, onde ela guardava uma câmera super antiga que foi do meu bisavô. Daquelas câmeras de madeira, grandonas, com tripé, capa preta, flash de pólvora e chapa de vidro. Sempre gostei de bisbilhotar as chapas de vidro que ficavam guardadas em gavetas na casa da minha vó, dava para ver muita foto antiga e confesso que tinha um pouquinho de medo quando imaginava que toda aquela gente já deveria estar morta.

Além de fotógrafo, meu avô era um exímio marceneiro. Artista mesmo e me fez essa cadeirinha que era um dos meus xodós de infância.
Com relação a todo esse acervo que guardávamos em casa, minha mãe e um primo (Celsinho) trataram de providenciar locais adequados para tudo através de incentivos da Lei Rouanet. No ano de 2008, eles organizaram uma exposição com os trabalhos do meu bisavô, que dentre tantos registros, fotografou a visita do rei Alberto da Bélgica e dos príncipes de Gales a Nova Lima.

É ou não é para ter orgulho da história da família? Não sei se um dia poderei honrá-los à altura com fotos e com uma história de dar orgulho então, enquanto isso vou cuidando bem do que tenho e dando o meu melhor para compartilhar o pouco que sei.

Quem quiser saber um pouquinho mais sobre a história dos Victor Gomes, pode conferir esse link aqui