Editorial Noiva Romântica Contemporânea

O resultado de unir o trabalho de mulheres empreendedoras e cheias de talento não poderia ser diferente de maravilhoso. Foi assim quando Anna, da Annita Loja, convidou a Toda Coisinha, Os Bolos da Betah, a fotógrafa de casamentos Dani Batista, a modelo Aline de Luna, Bella Rô Atelier e La Patiss para se juntarem em uma tarde descontraída e darem vida a muitas ideias floridas para noivas e casamentos cheios de personalidade.

fotos-editorial-142A escolha dessa foto para começar a mostrar esse editorial tem um simples motivo: ela é um lacre perfeito. É quase inacreditável que a Protea gigante na mão da Aline é feita à mão e com papel. Essa é mais uma das proezas da Anna, florista de papel talentosa e dedicada (acho que essa é a parte mais importante de todo talento) à frente da Annita Loja. O Colar Sagrado da Toda Coisinha faz o arremate da composição.

fotos-editorial-62 fotos-editorial-70As fotos mostram bem como a beleza está na simplicidade de trabalhos bem feitos. Para cada buquê, foi elaborada uma composição diferente do espaço e dos acessórios da noiva, o que deu todo charme e astral leve às fotos.

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fotos-editorial-31IMG_9196Além das flores, que foram as estrelas desse editorial, os bolos cheios de personalidade da Betah foram presença forte.

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Com flores da Annita

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Com cristais e pedras brasileiras

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Macarons da La Patiss

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Doces do Atelier Bella Rô

E mais flores cheias de elegância para arrematar. As flores de papel vieram em forma de buquês, arranjos de cabelo, topos de bolo e decoração, mostrando como são versáteis.

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Bracelete de Lua da Toda Coisinha

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Colar Rosa (ainda não foi lançado na Toda Coisinha)

Bougainvilleas, de uma forma simples afeitva (com aquela lembrança mais pura de um quintal de interior),  são iresistíveis e marcaram presença no editorial.IMG_9214IMG_9209
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Ficha Técnica do Editorial (por favor, se deseja usar ou reproduzir alguma das fotos use os créditos)

Bolo: Os Bolos Da Betah |osbolosdabetah.blogspot.com.br | @osbolosdabetah

Arranjos de Cabelo e Bouquets de Flores de Papel: Annita | annitaloja.com.br | @annitaloja 

Jóias: Toda Coisinha | todacoisinha.com | @todacoisinha

Doces: Atelier Bella.Ro | @atelierbella.ro

Macarons: La Patiss | lapatiss.com.br | @la.patiss

Fotografia: Dani Batiata | danibatista.com | @danibatistafoto

Modelo: Aline de Luna | @alinedelunaatriz 

Conheça a Mari e o Vida Ilustrada (e de quebra você ainda pode ganhar uma ilustração)

Recentemente conheci uma figurinha colorida da internet que já chegou chegando, garantindo seu espaço na minha listinha de gratidão.

Captura de Tela 2017-07-24 às 12.54.17Estou falando da Mari Reis Luz (ela tem luz no sobrenome e no coração), que toca o projeto Vida Ilustrada, pelo qual me encantei! Mari tem 24 anos e é graduanda em Design. Ela mora em São Luís do Maranhão, lugar que desejo conhecer em breve e aproveitar para tomar um cafezinho com ela. Mari tem um projeto pessoal que mistura fotografia e ilustração, através do qual ela transforma pequenos sonhos, anseios, sentimentos em arte e ilustrações delicadas.

Ela me contou um pouquinho sobre o Vida Ilustrada e como ele surgiu. É uma história tão bonita e verdadeira que faço questão de dividir aqui com vocês <3

mari vida ilustradaDC: Mari, conta pra gente como surgiu o Vida Iustrada?

Mari: O “Vida Ilustrada” surgiu tem uns 2 anos. Sentia que faltava um pouco mais de cor no mundo e dentro de mim tinha muita coisa pra sair, então resolvi ilustrar ideias, coisas cotidianas, sonhos…na tentativa de levar um pouco de inspiração e imaginação para as pessoas!
Delícia de presente que ganhei da Mari no lançamento da nova coleção de jóias da Toda Coisinha <3

DC: E qual o propósito do Vida Ilustrada?

Mari: Vendo meus sonhos e anseios ilustrados de alguma forma fez com que eu fizesse acontecer de verdade. No caso, me desenhei andando de bicicleta e eu não sabia andar até pouco tempo e agora aprendi.

Me desenhei tocando flauta transversal e agora tô fazendo aula. Pode ser até besteira, mas é uma forma de estímulo para fazer as coisas darem certo, vendo aquilo representado graficamente faz com que a coragem aumente e aconteça de verdade.

DC: Como surgiu a ideia de unir ilustração e fotografia? Isso tem algum significado especial?

Captura de Tela 2017-07-24 às 13.20.43Mari:  Esse projeto surgiu após um primeiro contato que tive com essa mistura de fotografia e ilustração, em 2013. Fiz um projeto chamado “Me sinto assim”, no qual trabalhei como base a poema “Traduzir-se”,  do poeta Maranhense, Ferreira Gullar.

Tive como interpretação de que o ser humano tem dois lados: o lado externo e o lado interno. A ideia foi trabalhar o lado externo com a fotografia e o lado interno com as ilustrações. E como surge a indagação no final do poema, que se ao juntar as duas partes se viraria arte, juntei então a fotografia e a ilustração pra ver como ficaria :)

A segunda etapa então foi escolher com quem trabalhar. Por motivos imaginativos sem fronteiras e inocência, escolhi as crianças. Trabalhei com crianças de 5 as 11 anos e o resultado foi incrível e o momento vivido foi maravilhoso!

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Fotografei 7 crianças e apliquei um pequeno questionário. Para conhece-las melhor, tive um auxílio de uma psicóloga na elaboração das perguntas e a forma como aplicar. Eram perguntas como: “Qual o seu maior sonho?” ,”Qual sua cor favorita?”, “Como você se sente agora?”. Foram dois dias bem divertidos!
A terceira etapa foi escolher as fotos… no dia elas se soltaram, botei músicas que elas gostavam enquanto as fotografava e elas curtiram demais! Logo em seguida peguei as partes mais interessantes das informações dadas por elas nos questionários para ilustrar e daí surgiu o “Me sinto assim”.
Os traços dos desenhos foram pensados como se elas mesmo tivessem feito conforme sua idade, uns estão mais certinhos e outros mais rabiscados. Enfim, esse projeto me fez acreditar ainda mais nas pessoas, no futuro e me surpreendi muito com as crianças.  A maioria pensava no “ser” e não no “ter”.
A Lara, por exemplo, me encantou pois queria ser uma flor dentro do mar. Quão valioso é isso!? Demais, né!
E elas ficaram maravilhadas porque no final do processo imprimi cada fotinho ilustrada e entreguei para cada uma. Elas ficaram realizadas ao verem seus sonhos e anseios representados de alguma forma, mesmo que com desenhos :)
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Em 2016 retomei o projeto com as crianças com Câncer.  Quis presenteá-las no dia das crianças, foi bem corrido pois consegui autorização no hospital do câncer bem perto da data. Junto com uma amiga fotógrafa, Natalia Moura, fomos ao hospital e trabalhei com o mesmo processo fotografias e aplicação de questionários. Fiz toda a etapa de seleção e execução em uma madrugada para dar tempo de imprimir e entregar para as crianças no dia delas! Ainda fiz uma vaquinha com meus amigos para comprar os presentes que elas me pediram e no final deu tudo certo. Foi maravilhoso ver o sorriso delas ao ver seus sonhos representados em meio a tanta dor vivida precocemente. Depois desse momento vou constantemente ao hospital e na fundação visitá-las, eu sou apaixonada por pessoas ainda mais crianças <3

 

DC: Hoje como funciona o Vida Ilustrada?

Mari: Hoje sigo meu projeto pessoal “Vida Ilustrada” mais divulgado na minha rede social, o Instagram (@mari.vidailustrada) no qual continuo expondo meus sonhos, anseios e transformando os sonhos das pessoas também :)

Já realizei vários através do desenho e as histórias que escuto são maravilhosas. Fazer parte e tornar ainda mais memorável um momento especial de uma pessoa não tem preço, sou muito grata! Meu lema é espalhar amor o mais longe que for! Vou continuar tentando tocar e acreditar nas pessoas, no amor e espero tocar seu coração também, és uma grande inspiração de pessoa e artista pra mim!

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São dos presentes mais lindos que já recebi nesses últimos tempos!

Ah! Sempre faço interação com as pessoas, nesse mundo digital as pessoas parecem mais distantes, adoro falar com quem segue meu trabalho, faço umas brincadeiras no instagram, envio cartinhas, criei uma linha de cartões postais ilustrados e saio mandando por esse brasil pelos correios, virei pombo correio também! Adoro tudo isso!

DC: Como você enxerga o futuro do Vida Ilustrada e o seu futuro profissional daqui uns anos?

Mari: Eu enxergo de uma maneira positiva, o projeto a cada dia cresce mais e já não é só um projeto, é uma extensão minha:) do meu lado mais positivo, mais bonito <3 Então acredito que continuarei seguindo com esse meu projeto e sofrendo mutações. Novas criações na área de ilustração, criando novos produtos, tendo novos contatos com pessoas, criando memórias, contando histórias <3 Tenho vontade de publicar livros ilustrados, criar produtos também com essa linguagem mais divertida :) Meu objetivo e missão de vida é tocar o maximo de corações com a minha arte, conhecer histórias, me conectar com pessoas, fazer com que cada um acredite nos seus sonhos e siga <3

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E para esse momento especial que é apresentar o trabalho dela por aqui, vamos juntas sortear uma Vida Ilustrada para os seguidores no Instagram <3 Acesse esse link para conferir as regras!

Acompanhem o que a Mari anda ilustrando <3

Mari responde dúvidas e orçamentos por inbox no Instagram ou email (vidailustradadamari@gmail.com).

Tem também a página no Facebook :)

A nova Toda Coisinha + a nova coleção de jóias

Quando entrei para uma faculdade na área de humanas, achei que estaria para sempre livre das fórmulas matemáticas e contas em milímetros e decimais. Pra falar a verdade, já me enxergava em um emprego em uma grande agência de publicidade, com uma vida que seria no mínimo sedentária. Sentada sempre atrás de um computador e a única correria seria para reuniões ou para entregar um trabalho importante. Era uma visão totalmente ingênua e idealizada de uma vida profissional que não cheguei a ter.

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Fotos maravilhosas do Josef House

Minhas primeiras experiências em agências de publicidade fizeram essa visão, que era também um sonho, irem desmoronando aos pouquinhos. Cheguei nos últimos períodos do curso de publicidade totalmente desiludida com a profissão. Mas foi aí também que encontrei as possibilidades de trabalho junto ao Terceiro Setor, em ONGs e organizações sociais. E nesse momento foi isso que me deu a injeção de ânimo e de esperança que eu precisava para não desistir. 

Após me formar na faculdade, entrei de cabeça nos projetos do terceiro setor. De 2010 a 2014estive envolvida na área e foi ali que aprendi sobre comunicação, aprendi mais ainda sobre grandes empresas e seus interesses, sobre projetos sociais e sobre muitos valores importantes. Aprendizados esses que sempre andarão junto comigo e farão parte de quem sou e de quem quero ser nesse mundo.

Foi também durante o período de trabalho nessa ONG que me aproximei mais da tecnologia. Nisso eu já conhecia o Tiago (meu marido), quem também me deu um belo empurrãozinho para me tornar uma pessoa mais “conectada” digamos assim. Isso abriu caminho para os blogs de faça você mesmo e ali descobri também um mundo novo. Comecei a resgatar e trabalhar vivências e histórias da minha infância e da adolescência e quando passei por momentos difíceis na vida pessoal, colocar a mão na massa foi muitas vezes o que me ajudou.

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Em 2012 nasceu o Das Coisinhas, esse lindo blog que me lançou de vez no mundo virtual. Aqui eu criava (e ainda crio) e também reproduzia conteúdos e projetos de faça você mesmo da internet. Era tanta coisinha pra fazer e compartilhar, que em novembro de 2013 nasceu a Toda Coisinha. A loja, no decorrer desses anos foi se transformando junto comigo. No início eu produzia pouquíssimo. Revendia bastante coisa, mas fui vendo que essa dinâmica não era a que eu gostaria e aos poucos fui introduzindo coisinhas que eu criava. Já trabalhava com acessórios nessa época, mas quando descobri os pequenos mundos em vidrinhos foi amor à primeira vista. No início me inspirei em criações que via no Etsy, mas não demorou muito para construir minha própria identidade dentro desses vidrinhos que até hoje são sucesso na Toda Coisinha.

Esse amor todo por criar pequenos acessórios me fez resgatar de vez meu elo com a criatividade e também muitas histórias do passado que precisavam ser resgatadas. Histórias as quais comecei a transformar em coleções especiais e peças únicas.

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Das minhas peças preferidas: o coração sempre simbolizando o amor sagrado

Por se tratar de algo tão cheio de sentimento, passei a pensar que essas “coisinhas” mereciam e deveriam ganhar um toque ainda mais especial. Ao procurar (consciente e inconscientemente) por formas de mais uma vez transformar o trabalho sem perder a essência, descobri a ourivesaria. Como aprendiz de ourives, mais uma vez vi novas portas se abrindo, tenho feito novas descobertas e encontrado muitas possibilidades. Nisso tenho vivido uma conexão ainda mais profunda com a criação, com os processos completos que se dão nesse afazer manual, ancestral e bonito.

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Brinco Água Salgada fala sobre a vida perto do mar

E foi assim as fórmulas matemáticas e as contas em milímetros voltaram com tudo. Tenho descoberto no dia a dia um trabalho que exige que você use  muito de sua força e de sua delicadeza com precisão. Desses aprendizados que a gente adora colocar em analogia com a vida, sabe? E isso enche o coração de alegria e esperança, esperança de chegar naquele lugar pleno que a gente tanto almeja. A sensação que tenho hoje é de estar nesse caminho.

E a nova coleção?

Toda criação de um trabalho artístico fala sobre a própria experiência e visão do mundo de quem cria. É uma tentativa constante de traduzir no  trabalho aquilo que toca o coração de forma profunda e consequentemente tocar o coração do outro.

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Noite Estrelada no Sertão – Representa bem a Nova Identidade da Toda Coisinha

Todas essas mudanças nesses últimos anos foram intensas. Resgates de histórias antigas para escrever novas histórias, rompimentos, aprendizados.  

A nova coleção, que só ganhou nome na minha cabeça (ela é Mutante) tenta traduzir um pouquinho disso que tocou meu coração nos últimos anos. A paixão pelos cogumelos, o encantamento pela natureza e pelas coisas simples, o sentimento de pertencer a um lugar, as mudanças da vida, a maternidade, os sonhos, o mundo da lua e o amor puro. 

Mutante é um caminho de fora para dentro e também de fora para dentro.

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A nova Identidade Visual é obra da La Vanille Studio e eu estou simplesmente apaixonada por cada detalhe.

Ela vem recheada de significados, marcada por uma nova fase e carregando elementos que fazem parte do imaginário da Toda Coisinha.

As cores são mais maduras e ainda assim, delicadas. Assim como essa nova fase. Os elementos e os traços foram escolhidos a dedo para ilustrar um pouquinho do que acontece aqui e lembrar os traços da xilogravura nordestina.

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Nas compras acima de R$350,00, você ainda leva uma ecobag linda criada especialmente para o lançamento da nova identidade <3 Essa promoção vai só até o fim do mês de julho de 2017! 

Vem conferir tudinho!

Nosso melhor presente de Natal (alguns meses depois)

Para dizer se um presente é bom mesmo, nada melhor que o tempo e os efeitos dele na nossa vida. Às vezes ganhamos coisas que à primeira vista são a solução para muitos problemas e que com o passar do tempo percebemos que não é bem assim, acabam ficando sem uso e obsoletas rapidinho ou simplesmente não nos preenchem. Às vezes não ganhamos essas “coisas”. Elas nos encontram e mesmo que à primeira vista a aparência não seja de um presente tão grande assim, com o tempo acabam se revelando e mostrando a que vieram. Percebem que “coisa” aqui tem um significado bem amplo, né?

Esse post é pra falar da nossa gatinha, a Cleo (também com conhecida como Cleopátra), que chegou aqui num dia em que tudo estava dando errado.

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Eu e minhas companheiras – felina e humana

Eu vinha de uma fase improdutiva, sem criatividade e trabalhando no automático, coisa que eu não gosto nem um pouco, mas que às vezes acontece e a gente tem que aceitar (fazendo esforço para mudar também). Mais especificamente no dia 26 de novembro, eu e o Tiago seríamos padrinhos do casamento do melhor amigo dele. Tinha planejado uma roupa linda e econômica: comprei uma blusa de paetês de segunda mão, pedi pra minha ex vizinha lá de Nova Lima fazer uma saia de tule rosa e estava fazendo os acessórios que eu usaria. Alguns dias antes a saia chegou e havia ficado enorme, pois o forro que comprei pra ela não era o correto e ficou super armado. Ainda tentei consertar, mas ficou ó! uma merda. E a blusa com a saia larga estava totalmente nada a ver. Pra finalizar, enquanto terminava de fazer os brincos de prata ainda queimei feio meu dedo e não pude continuar trabalhando neles. No dia 26 a gente saiu cedo em busca de um vestido que servisse para a ocasião, pois precisava ser longo e cor de rosa. Encontramos o vestido e quando chegamos em casa encontramos também uma gatinha assustada se escondendo debaixo da cama da Mari.

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Foto do primeiro dia que ela saiu da toca <3 Magrinha, orelhuda e com pelo curtinho

Obviamente ela não foi parar ali por acaso. Mari havia descido até a rua para acompanhar a amiga que tinha dormido aqui e na porta prédio viu a Cleo no meio de alguns arbustos. Ao chamar, ela veio e ficou roçando na perna da Mari pedindo carinho e a Mari não pensou duas vezes: pegou a gata no colo e trouxe pra casa. Porém chegando aqui ela se assustou e ficou escondida.

Quando eu e o Tiago chegamos, Mari disse que tinha uma visita e eu já comecei a ficar preocupada com visitas não planejadas hahaha e me levou até o quarto dela onde vi a Cleo com os olhinhos arregalados debaixo da cama e com o narizinho cheio de meleca pela primeira vez. Naquele ímpeto de mãe, chamei a atenção da Mari, pois ela não deveria ter trazido a gatinha para casa sem antes nos perguntar. Ao mesmo tempo, meu coração se encheu de alegria, mas ainda precisava saber o que o Tiago achava. A gente planejava adotar um animalzinho, mas estávamos esperando um tempo até que as coisas se acertassem, nossa rotina estivesse mais tranquila e com menos idas a Minas. Havíamos pensado em ir a uma feira de adoção onde soubéssemos a procedência dos animais, já pegar um animal castrado e sem doenças. Pensamos errado.

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No 10º dia – Já demonstrando boa disposição para o trabalho como assistente na Toda Coisinha

Tiago resistiu pois não achou certa a atitude da Mari. Eu também não achei, mas entendi totalmente a situação dela e a da Cleo principalmente, pois era nítido que ela estava magra e precisava de cuidados. Em hipótese alguma eu colocaria a gatinha na rua novamente e como já queríamos um animalzinho, a decisão foi de que a Cleo ficaria.

O primeiro passo foi logo comprar a ração, a caixinha de areia e preparar tudo para no novo lar da felina. Mas acho que nesse primeiro momento ela não aceitou bem isso e se escondeu da gente o tempo todo. Isso foi num sábado e no domingo notamos que ela não havia comido e que estava respirando pela boca, com o nariz todo entupido. Levamos ao veterinário que passou os medicamentos e recomendou internação caso ela não comesse dentro de 48 horas. E ela não comeu. Se escondia, ficou arisca e além de tudo ainda tínhamos que dar remédios na boca dela. Era uma luta que rendeu muitas mordidas, arranhões e até antitetânica e antibióticos para mim, pois não sabíamos de onde ela vinha. Daí veio a internação e uma facada com os custos e medicamentos.

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Em fevereiro – achando que é cogumelo

Quando ela voltou para casa ainda estava muito arisca e não queria saber da gente. Deixamos que ela se sentisse à vontade e demos espaço. Depois de 10 dias ela esboçou as primeiras interações sentando ao nosso lado, cheirando e lambendo. E depois disso foi só amor <3 Aquela gata arisca e nervosa se mostrou na verdade a gata mais carinhosa desse mundo, uma amassadora de pãozinho sem igual e dona de um ronron super potente. Desde então espera ansiosamente a gente acordar para rolar no chão e pedir carinho na barriga (e sachêzinho também), me acompanha em todos os momentos e quando não está atrás de mim pela casa, está dormindo em algum cantinho dos seus preferidos (minha cama, entre as almofadas do sofá, na área de serviço, na mochila do Tiago ou na minha mesa de trabalho).

Atual bola de pelos <3

Atual bola de pelos <3

 

Trabalhando

Trabalhando

Um cochilo descontraído no meio da tarde

Um cochilo descontraído no meio da tarde

Ter a Cleo aqui trouxe mais vida para a casa, mais amor para a nossa rotina e uma alegria que me motivou a fazer tantas mudanças que eu desejava, mas nunca tomava a iniciativa. Cleo trouxe ainda mais amor verdadeiro pra gente e esse sim foi o maior presente que poderíamos receber da vida, do universo.

Brincando no ateliê

Brincando no ateliê

Mesmo com sua saúde ainda inspirando cuidados – ela chegou aqui anêmica, desnutrida e ainda tem infecções respiratórias recorrentes, mas é FIV e FELV negativo –  ela está cada dia mais forte e saudável, com um pelo lindo e felpudo que dá vontade apertar o tempo todo. E posso dizer que não me sinto mais sozinha como me sentia antes nos momentos de trabalho, ela é a melhor assistente felina do mundo <3

Amor cura tudo

Amor cura tudo

Os aprendizados com ela por aqui são constantes. Recentemente ela teve hiperplasia mamária depois do primeiro cio, daí foi mais uma facada com os exames e procedimentos. Há 12 dias ela foi castrada e o problema resolvido de vez. Ela já está ótima e saltitante, ainda de roupinha cirúrgica. Isso nos faz lembrar da responsabilidade que é cuidar de uma vida, seja ela qual for. Animais assim como seres humanos merecem carinho, respeito e comprometimento. Por isso é sempre bom pensar bastante antes de adotar um bichinho, pois custos imprevistos e outros probleminhas podem surgir com facilidade. Precisamos ter consciência de que nem tudo é só carinho, miau, ronron e um mar de rosas. A responsabilidade chama sempre!

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Quem tem gatos sabe o quanto eles são presentes em nossas vidas e como tudo o que acontece, sempre vem trazer um aprendizado, algo especial para nos fazer evoluir como seres humanos. E não poderia deixar de observar que apesar da resistência inicial, o Tiago é mega babão e a Mari nem se fala, é um amor só! Eu acho que nem preciso comentar mais nada a meu respeito, né?