criança

Corte de cabelo feito em casa

por em Dona das Coisinhas
Desde que cortei o cabelo e venho postando fotos minhas por aqui e por outras bandas, recebo muitas perguntas sobre qual é o corte e quais produtos uso para cuidar do cabelo e modelar. Antes de revelar meus “segredos”, contarei uma breve história capilar da minha vida.
Não sei descrever como era ou como sempre foi minha relação com meu cabelo, mas sempre gostei muito dele apesar de não ter cuidado direito. Não tenho uma palavra pra isso, mas tenho história pra contar. Sempre tive MUITO cabelo, mas não tão volumoso e usava sempre cortes curtos, não penteava muito (nunca gostei de pentear os cabelos) e ele se ajeitava. O meu cabelo é naturalmente castanho, ondulado e eu sempre achei que essas ondas não eram bem definidas, mas nunca desgostei delas, nem nunca tingi.
Enquanto criança tive cabelo anelado, liso e até a cabeça raspada. Com 15 anos usava na maioria das vezes preso e partido no meio
Aos 16 anos, quando deixei o cabelo crescer pela primeira vez na vida, comecei a me importar mais com a aparência dele e a primeira coisa que fiz foi eliminar as ondas. Na época usava só secador e depois rodava uma lindeza de touca que me deixava parecendo o Seu Boneco. Aos 18 veio o advento da chapinha e lá fui eu torrar a cabeleira, que a essa época, já passava da cintura.
Em 2003, dormindo na época da chapinha. Lindo, só que não.
O cabelo começou a ficar ressecado com a chapinha e caiu muito! Então tentei dar um tempo, mas foi aí que descobri a progressiva, que me acompanharia por uns bons anos, dos 20 até os 25 (quando fiz a última). Durante o tempo que usei progressiva foi ótimo em questão de praticidade. Usei muita franjinha, cabelo até a cintura e aproveitei. Mas esse cabelão escorrido acabou me cansando ao mesmo tempo em que eu pensava que os processos químicos aos quais me submetia não eram nada saudáveis. Já fiz progressiva com formol, sem formol, de chocolate, marroquina, enfim, cansei. E tudo o que eu queria era voltar a ter um cabelo natural e aprender a cuidar dele de uma forma que ficasse bonito. 
Pra ter noção do quanto o cabelo ficava escorrido com a progressiva (2009)
Até deixar o cabelo livre de qualquer química, foram quase 2 anos. Mesmo assim não havia conseguido me livrar do hábito de deixá-lo liso e acabei usando bastante o secador e um pouco de chapinha até pouco tempo atrás. Acho que isso aconteceu porque até então eu não havia encontrado a solução chamada “um corte bem feito”, pois nesse meio tempo tentei usar cremes, modeladores, leave-ins e fui a diferentes cabelereiros sem sucesso.
Depois da progressiva: menos escorrido, mas sem forma.
Até reencontrar a franjinha. Mas a franjinha com o cabelo preso também cansou.
E franjinha no cabelo solto e sem forma não ficou bom
Há uns três meses atrás, cansada do cabelo sem forma e sem corte definido, pedi à minha mãe que passasse a tesoura nele, sem dó. Minha mãe sempre cortou nosso cabelo enquanto éramos crianças e algumas vezes aparou as pontas e a franja do meu cabelo depois que eu já era crescida. Ela também corta o próprio cabelo e depois que eu vi o cabelo das minhas irmãs cortado por ela, não tive dúvidas de que era um corte dela que eu precisava.
Nunca me senti tão bem com um corte de cabelo e com o cabelo mais natural. Ainda uso secador na franja e um pouco no comprimento do cabelo, mas quando ele já está quase seco e só para modelar. Meu cabelo fica ótimo quando lavo de noite, seco, prendo um coque alto e frouxo e vou dormir, no dia seguinte ele fica do jeito que gosto. No Reveillon rolou até cachinho :) Tento hidratar sempre que posso, não penteio todos os dias, só antes de lavar mesmo e uso um produto para deixar as ondinhas mais volumosas e charmosas.
O primeiro, o Ego Boost, é um condicionador leave-in, mas ele é ótimo também para modelar do jeito que gosto. Ou seja, hidrata e modela. Uso bem pouquinho, espalho na palma da mão e pelo cabelo, amassando sempre.
Com o Small Talk, a mesma coisa. Mas uso menos, pois acho que ele deixa o cabelo meio áspero.

Quem quiser cortar o cabelo com ela, ela se dispôs até a atender em casa, mas difícil é encontrar horário na agenda de uma pós doutoranda. E no meio dos elogios ao corte de cabelo, ainda descobrimos uma tradição de família. 
Fotos mais recentes e eu tentando ser ‘fofa’, espontânea e descabelada hahaha

Relembrando alguns casos entre primos, conheci a história da Tia Any, que é toda prendada e cortava o cabelo de desconhecidos dentro de casa e anda oferecia bolo e cafezinho. Meu tio, o marido da Tia Any, não gostava nada da história e sempre que aparecia um desconhecido, ele queria botar pra correr, mas ela ainda inventava que conhecia a pessoa  não sei de onde, ia lá e cortava o cabelo de graça.

Cabelo escorrido nunca mais e corte agora, só feito em casa!

Conheça o Instituto ALGUEM

por em projeto social
Cof, cof! Tô tossindo por causa da poeira que estava por aqui.
Isso daqui está parecendo mais meu quarto esses dias, de pernas pro ar. Mas quando as coisas chegam a esse ponto é sempre hora de movimentar e botar ordem em tudo, certo? Esse blog, mesmo que muitas vezes não tenha a intenção, acaba refletindo um pouco de como anda minha vida e é sempre assim: quando a coisa aperta (a coisa pode ser a vontade de escrever, de fazer coisinhas, ou até mesmo a bagunça do quarto e a obrigação de arrumá-lo, pois a máquina de costura nova chegou) é hora de levantar a poeira e botar ordem em tudo de uma vez. 
Nunca sei até quando dura esse embalo que pego vez ou outra, mas é sempre bom aproveitar, ajeitar tudo que precisa ser ajeitado e produzir bastante, certo? Além de dividir tudo por aqui!
ALERTA FOFURA MÁXIMA (não clique se não estiver preparado)

A intenção desse post não era de forma alguma começar com algo tão pessoal, mas as coisas acabaram indo por esse caminho porque quando a pessoa aqui gosta de uma coisa, ela gosta mesmo. E quer mostrar pra todo mundo, quer falar, quer escrever e essa vontade tem me cutucado o tempo todo desde que conheci o trabalho do Instituto ALGUEM (Ana Luiza e Giulia Unidas Em Missão), no mesmo dia do Bate-Papo com Tanlupers.

O Instituto ALGUEM foi criado com a missão de ajudar famílias que tenham crianças passando pelo tratamento contra o câncer. Só isso já diz muito e já é motivo suficiente para aplaudir o trabalho desse pessoal. Com suas raízes na história de dois anjinhos que passarm por esse mundo, Ana Luiza e Giulia, o Instituto foi fundado pelos pais das menininhas, que depois de tanto serem ajudados enquanto precisaram, decidiram também ajudar e doar amor e carinho a famílias nessa situação. 
Esse trabalho só mostra o quanto nesse mundo existem pessoas bacanas, trabalhos louváveis e que a gente precisa aprender a ver as coisas por um lado mais positivo. Aliás, esse é um dos valores defendido pelo Instituto ALGUEM: mais otimismo, além do amor (requisito fundamental para tudo que é lindo) e da atuação ética.
Como a gente sabe, trabalhar com uma organização não governamental e fazer um trabalho bonito e que traga resultados positivos, na grande maioria das vezes requer uma fonte de financiamento. E foi pensando nisso que o Instituto ALGUEM abriu sua lojinha virtual.
Fofura começa pela embalagem dos produtos
Schizzibooks fofos!

Gente, é tudo lindo! O preço super em conta e os produtos  muito bem trabalhados, com uma qualidade incrível (e não, isso não é um post pago). Mas o mais legal de tudo é que quando você compra, você está ajudando ALGUEM a fazer do mundo um lugar com mais otimismo e união. 

Adesivos
Skins para telefone
E o meu telefone sendo lindo!
Cordinha pra crachá
Tatuagem infantil à base de ingredientes naturais e a pulseirinha que nem esperou para ser fotografada e já foi parar no braço da Mari
Mari <3

Simone, muito obrigada pelo carinho e pela atenção. Espero que gostem desse post feito com tanto carinho!

Lojinha virtual
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Um Natal de Verdade … com Lola

por em projeto social
Antes de tudo, esse não é um publipost. É um post feito com o coração, para mostrar a vocês o trabalho de pessoas muito queridas, minhas amigas Tânia e Emika, criadoras da …com Lola. 
As Lolinhas (como carinhosamente as chamo), farão uma festa de Natal para 30 crianças carentes do Lar Beneficente Arco Íris, no Rio de Janeiro e para que isso aconteça conforme planejado (com a doação de roupas, calçados, brinquedos, alimentos, produtos de higiene e tudo mais),   precisamos da sua ajuda!
As meninas da …com Lola, além de terem uma loja linda e recheada de fofurices, também realizam o Projeto Social Brincando…com Lola, que doa uma boneca Lola ou um gato Dôdu a uma criança carente toda vez que um produto é vendido na loja. Incrível, né?


Então, por isso e pela admiração que tenho por esse trabalho, não poderia deixar de dar minha contribuição e pedir com carinho para que pensem em contribuir, com a compra de um KIT ou com a doação de outros valores ou qualquer material que o Lar esteja precisando. A lista completa vocês encontram aqui.

Para quem é do Rio de Janeiro, as meninas estão precisando também de enfeites de Natal! Se você tem um arranjo antigo, que não usa mais, não custa nada doar! Tudo servirá para enfeitar a festa linda que está sendo planejada.

Vamos ajudar, pessoal?


Câmeras antigas e senta que lá vem história!

Antes de tudo: não sou fotógrafa porém, não nego as tradições da família. Adoro fotos, adoro câmeras e recentemente achei algumas antigas guardadas aqui em casa, estavam quase que abandonadas e com todo meu instinto de guardadora de coisinhas, resolvi cuidar delas. Peguei todas, limpei e abriguei com carinho nas prateleiras do quarto. 
O xodozinho

Além de terem todo um valor sentimental, essas câmeras dão um toque super especial à decoração do quarto, já que a maioria delas não tem mais condições de funcionar. Ainda preciso averiguar se a Polaroid e a Rolleiflex funcionam, elas estão muito bem conservadas! Quando tiver um tempo e dinheiro, vou pesquisar filmes para testar e ver se dá resultado.

A linda da Rolleiflex, ainda tenho alguns filtros e outros acessórios guardados na capinha de couro original
Rolleiflex na capa de couro, uma miniatura moderna, Pucky I

Prateada de fabricação nacional e anônima, Mithra (Suíça), Instamatic, Six-20 da Kodak

Apesar de considerar que não tiro fotos ruins, tenho plena consciência de que não herdei a vocação da família para a fotografia mas, posso ter herdado de alguma forma a sensibilidade que me faz querer transformar o mundo em um lugar de coisinhas e de amor. Mesmo assim me esforço e tento aprender mais a cada dia, nem que seja para tirar fotos rotineiras, fotos para o blog e fotos para guardar como lembrança. A coisa é: estou me apaixonando cada vez mais por esse universo que envolve uma parte linda e da qual tenho muito orgulho da minha história.

Como disse no início do post, a história da família tem muito de fotografia e as câmeras antigas que vocês viram são um testemunho disso.
Meu bisavô, Carlos Victor Gomes, foi o primeiro fotógrafo industrial de Minas Gerais, logo no início do século XX. Dele, meu avô Zinho herdou o dom e a técnica da fotografia, além de muitas câmeras. 
Na foto, minha bisavó Augustinha, dois de seus filhos e o bisavô Carlos 
O vô Zinho foi quem teve a primeira loja de fotografia de Nova Lima, o Studio Victor. Ele trabalhava em eventos, tirava fotos de famílias, fazia fotos para documentos, tudo o que precisassem. O trabalho dele já era mais parecido com o da maioria dos fotógrafos atuais, exceto por toda parafernalha analógica.
Poster do Foto feito pelo meu Tio Luís, um artista de primeira linha

O Foto (como a gente costumava chamar o estúdio) do meu avô foi fechado em 1988 e ele faleceu em 1992, dessas coisas ficaram as lembranças em fotos, objetos e por incrível que pareça, ainda guardo alguns flashes na memória.

A câmera de madeira, o Studio e a mini Dona das Coisinhas – 1988

Quando criança, eu adorava brincar na casa de uma tia, onde ela guardava uma câmera super antiga que foi do meu bisavô. Daquelas câmeras de madeira, grandonas, com tripé, capa preta, flash de pólvora e chapa de vidro. Sempre gostei de bisbilhotar as chapas de vidro que ficavam guardadas em gavetas na casa da minha vó, dava para ver muita foto antiga e confesso que tinha um pouquinho de medo quando imaginava que toda aquela gente já deveria estar morta.

Além de fotógrafo, meu avô era um exímio marceneiro. Artista mesmo e me fez essa cadeirinha que era um dos meus xodós de infância.
Com relação a todo esse acervo que guardávamos em casa, minha mãe e um primo (Celsinho) trataram de providenciar locais adequados para tudo através de incentivos da Lei Rouanet. No ano de 2008, eles organizaram uma exposição com os trabalhos do meu bisavô, que dentre tantos registros, fotografou a visita do rei Alberto da Bélgica e dos príncipes de Gales a Nova Lima.

É ou não é para ter orgulho da história da família? Não sei se um dia poderei honrá-los à altura com fotos e com uma história de dar orgulho então, enquanto isso vou cuidando bem do que tenho e dando o meu melhor para compartilhar o pouco que sei.

Quem quiser saber um pouquinho mais sobre a história dos Victor Gomes, pode conferir esse link aqui