Como reaproveitar velas (com fofura)

Vela é uma coisa engraçada: quando a gente precisa, ou some ou nunca tem, mas quando a gente não precisa, tá lá ela rolando na gaveta do armário da cozinha ou em cima de algum móvel. Aqui em casa é sempre assim. 
São incontáveis os aniversários em que nos esquecemos da vela e na hora do parabéns lá estava aquela vela comum para ser soprada, que em cima do bolo mais parece vela de 7 dias. Mas se o importante era soprar a vela e fazer o pedido, a estética acabava pouco importando, até porque os bolos nunca foram dos mais certinhos. O que importava tanto quanto ter uma vela para soprar e fazer um pedido, era ter aquele carinho especial do parabéns e do bolo com guaraná feito pela mãe.
Aniversário aqui em casa e a tal vela do bolo
Esses dias, enquanto arrumava algumas bagunças, me deparei com algumas velas que era decorativas mas já não estavam tão legais para serem usadas. Aproveitei e catei algumas velas sobrando pelas gavetas e resolvi fazer minhas próprias velas. Já havia visto posts no Two Bee e no Super Ziper sobre fazer vela, mas me lembro de já ter visto também que dava para reaproveitar velas usadas.
Então você vai precisar de:
  • Velas que ficam soltas por aí
  • Potes de vidro ou xícaras
  • Barbante (sim, pode ser qualquer barbante)
  • Hashi ou dois palitos de madeira e gominhas
  • Faca
  • Tesoura
  • Cola super
  • Uma leiteira que você vai usar só para velas
  • Uma panela para banho maria
  • Essências (opcional)
  • Coisinhas para enfeitar o pote (opcional)
  • Verniz vitral, solvente e pincel (opcional)
Para começar, você quebra as velas nos menores pedaços possíveis e retira os pavios. Isso foi feito com a ajuda de uma faca e me rendeu bolhas nos dedos. Fiz em cima de um jornal para a parafina não grudar no chão ou mesa.
Limpe bem o recipiente onde você fará sua vela. Nesse pintei bolinhas com verniz vitral fosco (que mal apareceram no final) e no fundo de um coloquei algumas miçangas e no outro, colei alguns botões com cola super. 

Depois ajeite o barbante que será o pavio e prenda com o palito de madeira, preso nas pontas pelas gominhas, Assim você define a posição do pavio e corre menos risco ele ficar torto. Eu disse menos risco. rsrsrs

Com a parafina já despedaçada, coloque-a dentro da leiteira e leve a leiteira ao banho maria, com a água quente. Não dá para derreter a parafina direto na panela, pois ela é altamente combustível!
Quando a parafina estiver completamente derretida, você pode acrescentar a essência que desejar e depois é só despejá-la nos recipientes. 

Aí é só esperar secar. Isso leva algumas horinhas, mas minhas velas mal estavam secas e já estavam decorando o quarto e a sala de casa <3

Quem aí gostou dá um joinha!

Camisetas coloridas e ilustradas pela Amanda Mol

por
Quem é de casa já sabe, desde que conheci o trabalho da Amanda Mol, foi amor à primeira vista. E foi tanta empatia que daí nasceu uma parceria tão leve e tão bacana :) Vocês ainda verão muito da Amanda por aqui e na Toda Coisinha também :) O que mais me impressiona no trabalho dela, além do visual estético, é a capacidade de produzir, de imaginar coisas e passar tudo pro papel, pra telinha, para acessórios e estampas.
Por isso, o post de hoje é para mostrar mais uma coleção de estampas incríveis da Amanda Mol e contar um pouquinho sobre o processo de criação das peças, todas disponíveis na loja online.
Camiseta Primavera
A Amanda é uma amante das cores e me contou que desde que lançou a primeira coleção de camisetas, seu desejo era colorí-las. Para sair do branquinho, teve muita pesquisa e andanças atrás de um tecido de qualidade e gostoso de vestir (parte super importante também).
Segundo Amanda Mol, a nova coleção de camisetas é muito especial, pois traz as novas cores – off-white, pink e limão – e um tecido delicioso de usar. E para fechar com chave de ouro: estampas exclusivas, escolhidas com muito carinho a partir das ilustrações feitas por ela mesma <3
Mais estampas lindas:
Amanda ainda conta que quando começou a planejar este lançamento, sentiu vontade de mostrar mais um pouquinho de cada uma destas peças, não apenas em fotos. E então me veio a ideia de produzir pequenos vídeos de 15 segundos para compartilhar nas mídias sociais e apresentar na loja virtual, como mais uma forma de convidar o meu cliente a experiência de ter uma Camiseta Ilustrada.

Os teasers foram compartilhados no Instagram (@molamanda) e no Vimeo

“A resposta dos seguidores e clientes foi super positiva e recebi várias mensagens me contando que a oportunidade de ver a camiseta em vídeo foi super bacana! Fiquei muito feliz com este retorno e como dica criativa, gostaria de compartilhar o app que usei para produzi-los chama-se “Socialcam”. Dá para brincar de cineastas por alguns minutos, é divertidíssimo! (rs)” , diz Amanda.

Fala que não deu vontade ter uma de cada? hahaha

Para comprar as camisetas e outros produtos lindos com ilustrações da Amanda: http://loja.amandamol.com.br/

Site da Amanda Mol: http://amandamol.com.br/

Sobre a responsabilidade de falar sobre felicidade

por em amor, Dona das Coisinhas
Há mais ou menos um mês atrás li essa entrevista no Contente.vc, uma entrevista que fala sobre a Armadilha do “Faça o que Você Ama” e que circulou bastante entre as pessoas que conheço e que inclusive defendem o trabalho feito com e por amor.

Logo depois de ler, iniciei uma reflexão que já dura algumas semanas e creio que não há de cessar por alguns por quês, dentre eles:

1 – Porque sempre levantei a bandeira de fazer o que se ama.
2 – Porque me sinto responsável por aquilo que escrevo e publico por aqui, conteúdo que acaba sendo lido por milhares e milhares de pessoas todos os meses.
3 – Porque esse e outros textos (vi esse post da Alice Mantelato e concordei com cada linha. Além de lúcido, é muito bem escrito) realmente me fizeram pensar bastante e talvez começar a enxergar as coisas de uma forma menos ingênua.

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Felicidade pra mim é algo complexo que nem a gente e não está associado somente ao trabalho. A procura da felicidade, acredito eu, está nas pequenas coisas, nas coisas boas que temos na vida e muitas vezes, nas coisas que compartilhamos, pois também acredito que felicidade pode ser compartilhada. Quando as pessoas nos mostram um caminho repleto de pequenas e simples alegrias diárias, chego à conclusão de que talvez resida aí um dos segredos para ter uma vida mais leve. E feliz.

Porém, na nossa sociedade a felicidade também está associada à liberdade financeira, ao fato de você ter dinheiro para comprar o que quer ou viajar pra onde quer, mesmo que seus desejos sejam simples e sem muitos luxos. Não vou dizer que não penso assim, sofro desse mal e tenho consciência disso, assim como imagino que muitos de vocês devam passar pela mesma situação. Vivo dizendo que mudar esse hábito só seria possível me isolando no meio do mato e/ou vivendo em uma comunidade alternativa, mas isso é muito distante da minha realidade, apesar de morar em uma cidade do interior onde o custo de vida é pelo menos umas 3 vezes menor do que nas principais capitais do país.

Apesar de entender e sentir que a felicidade está dentro da gente, nas pequenas (grandes) coisas e também nas pessoas que nos cercam, o trabalho sempre foi um componente muito importante da minha ideia de felicidade, pois além de me proporcionar liberdade financeira, sempre procurei dar um significado especial a ele. Ter amor pelas coisas que faço, nas relações que construo e pelo o que acredito é algo essencial para a minha sanidade. Foi assim quando me formei em publicidade e decidi que não queria trabalhar em agências e sim no Terceiro Setor, foi assim quando decidi me arriscar e ter um negócio próprio e está sendo assim para todos os planos que tenho feito para agora e para o futuro.

Por enquanto não ganho rios de dinheiro com as escolhas que fiz (e acredito que nunca ganharei), não é esse meu objetivo. Claro que quero ter uma vida que considero confortável, poder viajar e poder investir nas coisas que gosto e acredito.

Mas onde quero chegar é que a partir do momento que você opta por compartilhar algo sobre felicidade, principalmente se for com muita gente, você acaba criando uma certa responsabilidade. Quando você mostra o quanto é feliz ou contente com algo, você pode acabar gerando um sentimento e ansiedade e insatisfação nas pessoas que não têm o emprego que sonham ou não vivem da maneira que desejam (como descrito da entrevista que citei no início do texto e com isso concordo plenamente). E isso não se restringe só ao caso das pessoas que compartilham histórias de sucesso com o trabalho, vale para aqueles posts de viagens, festas e famílias perfeitas no Facebook, vale pra tudo que envolva mostrar o quanto você é feliz e bem sucedido.

Não vejo mal em compartilhar o que consideramos que seja felicidade, mas penso que talvez devamos fazer isso de um jeito um pouco menos egoísta e de alguma forma, incentivar as pessoas a também buscarem a felicidade dentro de suas possibilidades e anseios. E é por isso que sempre tento trazer algo de bom para cá :)

Sobre felicidade e trabalho

Pra mim o trabalho está sim associado à busca da felicidade, a começar pelo fato de o trabalho permitir que você ganhe dinheiro e tenha independência financeira. Demorei muito a saber o que é isso e por muitos anos fui angustiada pelo sentimento de impotência, de não saber mais o que fazer sem ter uma renda que me permitisse as coisas mais básicas. Hoje essa independência me dá possibilidades para que realize os desejos de viajar, comprar material para fazer coisinhas fofas, coisas para a casa e sustentar uma adolescente. Isso é importante para mim e é algo que sempre fez parte da minha ideia de um trabalho bem sucedido. E se dá para unir o últil ao agradável, por que não?

A opção por trabalhar com artesanato e com uma loja online foi uma escolha que levou tempo para se concretizar. Antes disso, trabalhei duro (e continuo!) e tive que abrir mão de muita coisa para ter minhas economias, com as quais me manteria nos primeiros meses de trabalho por conta própria. Por muitos meses, abri mão inclusive da minha satisfação no ambiente de trabalho, mas tive foco e cá estou. Apesar de mil ideias pipocarem a todo tempo, tento me manter persistente naquilo que decidi e se eu fosse parar para ver, viveria pulando de galho em galho quando o assunto é trabalho, pois sou curiosa, ansiosa e estou sempre com vontade de aprender/fazer algo novo.

Não é nada fácil trabalhar por conta própria. Trabalho com amor também dá trabalho! E muito. Principalmente porque muitas vezes as pessoas não pensam que para fazer artesanato e ter uma loja online, você não está livre de rotinas administrativas, de muitas contas e de impostos a pagar (ai, como eu tenho preguiça disso!). E tenho comentado sobre isso de forma recorrente por aqui. É preciso organização, foco e disciplina, o que nem sempre tive. Tem sido um exercício e tanto, e se por um acaso não der certo valerá pela experiência.

A escolha por artesanato não é somente por amor. Artesanato pra mim é uma atividade e tanto, com a qual sempre exercito meu cérebro e na qual a todo tempo mudo minha percepção de mundo e das coisas que me cercam, como descrito bonitinho aqui e também nos artigos que escrevi para o Compro de Quem Faz. 


E o que fica disso tudo é que é bom (não tenho dúvidas e nem ninguém tem) vivenciar o que traz felicidade, assumindo as responsabilidades que nos cabem e também sabendo que nem tudo é um mar de rosas.  O trabalho hoje é uma forma de empoderamento importante, principalmente para a mulher, o que é diferente de querer mostrar para os outros o quanto somos isso ou aquilo.

Além disso, estamos aqui para sermos felizes e vale tentar de toda forma que for possível, até encontrarmos a nossa fórmula da felicidade, mesmo que isso signifique arriscar muitas vezes, persistir até onde der e até mesmo desistir. Esse último item realmente é para os fortes.

Um banquinho cheio de história pra contar

Há um tempinho atrás mostrei no Instagram e na página do blog no Facebook um banquinho que ganhei e que veio acompanhado de uma história pra lá de fofa. A legenda e a foto eram as seguintes: 

“Melhor que um banquinho cheio de potencial, é um banquinho cheio de história pra contar. Ano passado fui no aniversário de uma amiga e me apaixonei pelo banquinho da avó dela. Depois que fui embora, a avó muito bonitinha disse que ela poderia me dar o banquinho. Ele ficou guardado por um ano, até que ontem foi aniversário da amiga outra vez e lá estava o banquinho me esperando. E o mais bonitinho é que foi a avó quem guardou e pediu pra me entregar”

Logo depois de postar essa foto, nos comentários tive o primeiro contato com uma moça que já ganhou um pedacinho do meu coração: a Ju Amora (com esse nome também, não podia esperar nada além de uma pessoa doce e cheia de amor pra compartilhar). Curiosa que sou, cliquei na foto de perfil dela e descobri que a moça é uma artista de mão cheia e que trabalha fazendo adivinha o que? Decorando banquinhos lindos <3
Olha ela aí!
E é muito fácil pirar com os trabalhos da Ju! Vejam e entendam que eu tô dizendo que não é qualquer banqueta que ela faz, são simplesmente as mais lindas e que não servem só para sentar, porque dá dó. São peças chave de decoração que dão vida pra sua sala, seu quarto, sua cozinha, sua varandinha, qualquer lugar!
Apenas ‘morrida’ com as banquetas neon
De primeira, me encantei pelo trabalho da Ju (já se encantou também, né?) e começamos a trocar mensagens. Ela, muito gentil e generosa, me deu várias informações que pedi (meio que na cara de pau) e eu sempre fico feliz por encontrar gente assim, do bem e desapegada, pois sempre tento agir dessa forma (e confesso que nem sempre consigo). 
Lógico que a primeira coisa que passa na cabeça da gente quando conhece alguém que faz trabalhos tão lindos é poder adquirir algo. As banquetas da Ju já estavam na minha lista de desejos quando ela se ofereceu para me ajudar a reformar o banquinho de vó, que até então eu não sabia muito bem o que fazer com ele.
E lá fomos nós!
O primeiro passo foi desparafusar a banqueta e separar as partes. Com a ajuda de um martelo e uma chave de penda, descolei a camada de fórmica que revestia a parte de cima e logo depois já embrulhei e enviei pra Ju Amora pelos Correios.
Usando dois tipos de lixa diferentes, uma mais grossa para retirar a tinta e pequenos pontos de ferrugem (100) e uma mais fina para dar acabamento lisinho (180), deixei os pés do banco livre de resíduos. Protegi os pés com fita crepe, onde eu não queria tinta. Daí foi só procurar um lugar bem arejado, forrar bem o chão com jornal e aplicar a tinta em spray. É importante seguir direitinho as instruções do fabricante e cada um segue parâmetros diferentes, então sempre leia o rótulo antes de usar. Deixei a tinta secando por um dia e depois, hora de montar. Na última foto já dá pra ver um pouquinho da maravilha desse banquinho, né?
Comprei protetores de borracha para os pés, que já estavam desgastados (custaram 2,99 numa lojinha de utilidades no Centro de BH) e arranhando o chão (o banquinho é bem antigo) e depois reuni as partes que ficaram separadas enquanto eu e Ju dávamos ainda mais detalhes especiais à história do banquinho da vovó <3
E tcharaaaannn! 
Olha que amor o que a Amora fez! Uma Cogumelândia e um gnomo tricotando coisinhas de vó! Fiquei mais que encantada com o resultado e essa já é uma das peças de decoração mais amada de todos os tempos, porque não basta ser lindo, ainda tem história pra contar!
Apenas babando no meu banquinho <3