Dona das Coisinhas

Escolhas profissionais: como anda a vida de publicitária

por em Dona das Coisinhas, publicidade
Há um tempinho tenho recebido e-mails de leitoras com dúvidas sobre qual profissão escolher ou se a profissão que escolheram é a profissão certa para elas. A resposta para esses questionamentos, acredito eu,  não posso dar.  A escolha de uma profissão é algo muito pessoal e confesso que tenho um certo medo de dizer: “vai por esse caminho que você vai se dar bem (ou não)” sem conhecer muito bem a pessoa. É uma responsabilidade bem grande e por maior que a dúvida possa parecer, *a resposta para a vida, o universo e tudo mais está bem dentro da gente (imaginei um 42 enorme dentro da minha cabeça). *Referência à trilogia Guia do Mochileiro das Galáxias
Imagem daqui
Mesmo não podendo aconselhar diretamente, resolvi dividir por aqui mais um pouquinho da minha experiência enquanto publicitária e já vou começar dizendo: quando me formei, não era nem de longe a maior fã da profissão que escolhi. Mas com o tempo, a vida e a publicidade foram me surpreendendo. E isso foi bom, pois aprendi que sempre é tempo de mudar e sempre é hora de encontrar novos caminhos dentro de uma profissão ou de outra.
Costumava julgar a profissão de publicitário como algo extremamente voltado para o lado ganancioso e manipulador, algo que levava as pessoas prum caminho muito do mau e eu não fui criada pra ser assim (obrigada, mãe e pai). Mas nada como conhecer melhor as coisas antes de reclamar por aí. E por incrível que pareça, fui conhecer melhor minha profissão só quando saí da faculdade e caí no “mercado” por necessidade de trabalhar e de crescer, tanto profissionalmente quanto pessoalmente.
Stand na feira Nacional de Artesanato em 2009, as caixinhas e os móbiles de tsuru <3 Tudo da Tsuru Coisa e tal
Não foi fácil arrumar meu primeiro emprego. Passei quase dois anos desempregada, fazendo origamis, caixas decoradas e bijuterias para tentar ganhar uma graninha (ah… se eu pensasse como penso hoje…) e era normal às vezes me sentir muito triste por não ter um emprego fixo, ter uma filha para cuidar e ainda depender dos meus pais. Nesse tempo, fiz uma pós graduação e logo no fim da pós, arrumei um emprego bacana.
Tudo o que sabia quando saí da faculdade e que sei até hoje, é que não quero trabalhar na área comercial, na qual a maioria das agências atuam (confesso que aquela visão que falei ali em cima ainda tem resquícios dentro de mim). Mas eu trabalharia sim em uma agência, se essa agência  trabalhasse com organizações do Terceiro Setor, Sustentabilidade, empreendedorismo ou projetos colaborativos.
Para continuar como publicitária, não escondo de ninguém que quero trabalhar com coisas que me dêem satisfação e que de alguma forma, contribuam para um mundo melhor. Esse foi o caminho que encontrei  dentro dessa profissão e o qual tenho seguido através do meu trabalho na VERDENOVO e aqui no blog também, por que não? Divulgar causas, trabalhos sociais e compartilhar conhecimento pode (e pra mim deve) ser parte muito importante na vida de um comunicador.
Aqui no blog mesmo, muitas vezes preciso ser um pouco publicitária, pois pra gente manter um blog legal e bem divulgado, temos que saber pelo menos o básico de comunicação interpessoal e também de redação. E por falar em redação, essa é a parte que eu mais gosto :) Se fazer publicidade fosse fazer artesanato, eu diria que a redação é que nem costura feita a mão.
Olha que redação e comunicação interpessoal nem são daquelas coisas que a gente essencialmente aprende na faculdade, podemos muito bem aprender fora ou já trazermos com a gente, mas são coisas essenciais para quem é da área de comunicação. Quando penso no que melhor aprendi na faculdade, lembro que ela me deu uma base teórica boa na área de ciências humanas e me fez pensar melhor sobre muitos assuntos, inclusive sobre a própria publicidade e sobre a vida de um modo geral.
E se você me perguntar se eu pudesse voltar ao passado e escolher outro curso, eu digo que não.  Tudo na vida acontece porque tem que ser e mesmo que os por quês não estejam muito claros num primeiro momento, chega uma hora em que todas as razões vêm à tona.
Não fosse a faculdade de publicidade, talvez hoje eu não estivesse onde estou, ao lado de quem estou, fazendo o que tenho feito e amado fazer. Talvez eu não tivesse conhecido a turma de amigas mais malucas de todas, talvez eu não tivesse conhecido nem o meu noivinho no meio de um Carnaval em Ouro Preto com as amigas da faculdade. E talvez, nem esse blog existiria, tampouco os projetos que tenho para ele e para o futuro.
E chega de talvez. Se foi assim, é porque tinha que ser. E eu só tenho a agradecer, mais uma vez.

Sobre ser mãe de uma adolescente antes dos 30

Esse post foi um daqueles que a gente escreve e reescreve, guarda por um tempo, fica sem saber se vai publicar e acaba publicando (no caso, se você estiver lendo isso, ele obviamente foi publicado). Acho que é porque sempre acho difícil falar sobre essas coisas de maternidade, é um desafio que nunca acaba e pelo menos comigo é assim, acho que nunca sei o suficiente.

Uma hora você está lá dando graças que aprendeu a lidar com certas coisas, comportamentos e tudo mais e outra hora, outra fase completamente diferente já começa. Falo isso com meus 12 anos de experiência como mãe da Mari, a coisinha mais linda que a vida me deu logo cedo, aos 15 anos.

E a cara de criança? 

Não sou a única e tampouco a primeira mulher nesse mundo a passar pela situação de se tornar mãe de uma adolescente antes de completar 30 anos. 30 anos é aquela idade em que hoje em dia vejo as pessoas tomando a decisões como casar, ter a casa própria, viajar o mundo, tomar juízo, ter filhos (!) e tudo mais. Hoje, com quase 28 anos, essa é a idade na qual também estou tentando fazer algumas dessas coisas, porém com uma filha de 12 anos para cuidar. E eu, ingênua que só, achava que filho pequeno era que dava mais trabalho… 

Então, me tornei mãe aos quinze, quando ainda era uma criança, apesar de naquela época achar que era dona do meu nariz e que podia fazer o que tivesse vontade. A vida me mostrou de muitas formas que não é bem assim. Hoje posso até ser dona do meu nariz (e das coisinhas também), mas também tenho um narizinho de 12 anos para cuidar. Uma coisa que aprendi nesses anos todos, foi a cuidar de mim para cuidar bem da Mari. E olha, isso faz toda diferença!

Isso tem me exigido responsabilidade, paciência, disciplina, paciência, persistência, paciência, sabedoria e paciência! Como disse, ser mãe é um aprendizado e um desafio constante, não acho que seja mais fácil ou mais difícil por causa da idade. Problemas, desafios, todo mundo tem, certo? Conciliar nossos sonhos com nossas responsabilidades faz parte da vida de todo mundo.

O amor está incluso neste pacote como pré-requisito. Afinal, ser uma mãe jovem (como dizia uma coleguinha da Mari se referindo a mim) exige tanto quanto ser uma mãe adulta.

palhaças. sem o que fazer na hora do almoço.

Quando olho pra trás e vejo como foi minha vida nesses últimos 12 anos, tenho a consciência de que as coisas correram de uma forma até tranquila e como sempre, só tenho a agradecer pela família maravilhosa (e meio bagunçada) que tenho. A maternidade aos 15 anos é algo que a gente não aconselha pra ninguém, mas sabe que pode ser algo transformador na vida de quem tem o apoio, o que foi o meu caso. Eu era muito ‘vida loka’ e de certa forma, tomei jeito com isso hahaha desculpa, mãe. Mas acho que era assim que as coisas tinham que ser.

Hoje e em muitos momentos, ter uma criança em casa foi o que nos deu alegria e manteve a família unida. Passamos por fases difíceis, como quando meu irmão mais novo faleceu, mas ter a Mari ali todos os dias, cada dia mais linda e sapeca, enchia a casa alegria e a gente de força pra seguir em frente. 

Ah! E sabe essas inseguranças que muita mãe tem, de achar que nunca é boa o suficiente? Eu também  tenho. A gente erra, volta atrás, tenta consertar, dá um berro ali, outro aqui, erra outra vez, aprende, acerta, fica louca aqui, outra hora ali, persiste, e por aí vai… mas no fim a gente tenta fazer tudo ficar bem. E fica, ainda bem.

Nós. Maio de 2012

Com todos os desafios que essa idade da Mari traz, sempre achei ela uma menina muito madura. Não é porque é minha filha, mas tem horas que ela mesmo me pega de surpresa com as respostas, as atitudes e as opiniões que a gente espera de uma criança de 12 anos. E não acho que isso seja mérito meu, essas são daquelas coisas que já nascem com a gente, sabe?

E mesmo que muitas vezes a gente acabe batendo de frente, depois da trombada vem sempre um abraço, uma conversa e uma brincadeira (como não poderia deixar de ser). Conselhos, tanto de um lado quanto de outro, afinal a gente se escuta. Ou pelo menos tenta.

Nós. Dia desses.

Não tenho do que reclamar, essa vida sempre foi boa demais comigo e me deu tudo que eu queria mesmo sem eu saber o que exatamente era. Sou grata demais pela filha que tenho, pela família, pelo amor da minha vida e por todas as oportunidades que tive e continuo a ter.

Life is good!

P.s.: Se você leu até aqui, parabéns e obrigada :P

Wishlist do mês das mães

por em Dona das Coisinhas
Hoje, pela primeira vez na vida resolvi fazer uma wishlist e compartilhar. O motivo? Além de o Dia das Mães estar chegando, ando tão sem grana, que vai que alguém (oi, Mari! oi, Tiago! oi, amygues!) resolve me dar um desses singelos presentinhos? Tá, brincadeira… mas deu vontade de dividir aqui coisas que venho desejando há tempos e que um dia espero poder adquirir ou quem sabe ganhar.
Sabe aquele tipo de pessoa que quando cisma com alguma coisa não esquece jamais? Então… oi! Bem capaz de no mês que vem querer publicar a mesma wishlist :P
Quer ver só?

1. Cobre leito da Urban Outfitters (há quase um ano na minha wishlist)
2. Uma sala de jantar decente (todo mundo merece)
3. Diana Baby (figuinha pra ganhar no concurso do Tanlup)
4. Maquiagens da quem disse, berenice? (Apaixonada desde a primeira vista)
5. Corujinha da La Vanille (O lenço já comprei, agora falta o cofrinho)
6. Cogumelo mamãe e filhinha (como não amar?)
7. Tecidos, muitos tecidos coloridos

Ah! E não está na montagem, mas tem post e sorteio dele aqui!!! O Kit dos Segredos Culinários, da Lilou. Quem não quer?

Quero tudo. Mas não é só de desejos materiais que é feita essa minha wishlist. Também quero muito amor, carinho, sabedoria, serenidade, abraços e beijinhos, viu?

Eeerrr… desculpa, 365 Little Things…

por em amor, Dona das Coisinhas, Viagem
Não é todo que passa por aqui que acompanha (ou acompanhava) o projeto 365 que comecei junto com o ano de 2013, o 365 Little Things. Já falei dele aqui no blog algumas vezes, mostrei minhas fotos preferidas e prometi algumas vezes que faria o possível para não abandoná-lo. E fiz.
Mas não é sempre que a gente tem a opção de escolher o que fazer, ou se tem, temos ao menos que usar um pingo de sensatez, mesmo naqueles momentos em que a vida pega a gente de jeito, vira prum lado, pro outro, de ponta cabeça e depois manda o recado: se vira. Pois é, aí é hora de escolher o que é prioridade e o que não é.

Últimas fotos do 365 Little Things
Os meses de março e abril tinham de tudo para serem o meses mais perfeitos do ano: férias programadas, viagem em vista, novos ares, novos planos, tempo com a família, tempo com o desconhecido, muitas fotos, dias no deserto, matar saudade da irmã mais nova e pra fechar tudo com chave de ouro, um show da minha banda preferida no qual eu iria com o nome na lista, lá em Oxford. A banda? The Kooks <3
Dia 23 de março saí de casa com meu pai feliz da vida rumo a Londres, depois de passar meses juntando meu suado dinheirinho, fui rever meu lugar preferido nesse mundo. Depois de Londres passaria mais alguns dias em Portugal com minha irmã que está morando por lá, outros dias em Marrocos com o noivinho no meio do deserto, aí voltaria para Portugal e depois para Londres com minha irmã. De lá a gente iria para Oxford, para o show do The Kooks. Era a viagem perfeita, mas não foi na hora perfeita.
Chegamos em Londres e no dia seguinte recebi a notícia de que minha filha teria que ser internada por causa de uma infecção e até então eu não sabia se era uma internação que duraria um dia ou uma semana. Fato é que no fim das contas, uma viagem que era para durar 20 dias, durou apenas 5 e quando voltei para o Brasil fui direto para o hospital e lá fiquei até a Mari receber alta. Não há coração de mãe que resista a uma situação dessas. Antes disso, ela ficou com minha mãe, a quem devo agradecer o resto da vida por todas as oportunidades de fazer coisas incríveis que tive, por todo cuidado que ela sempre teve com a Mari quando não estive por perto. O resto dos dias de férias passamos em casa, ao Deus dará, descansando o corpo e a mente. Ah! E é claro, comendo muito para recuperar o peso (a Mari, ok?).

No meio disso, haja cabeça para lembrar de fotografar, para lembrar de qualquer coisa que não fosse: “Quero que isso tudo passe logo”. E hoje já posso dizer que passou. Ufa! A Mari está ótima e recuperada, mais linda que nunca. E eu voltando às boas com o trabalho, com o blog e me acostumando com a ideia de continuar pobre sem ao menos ter completado a viagem que planejei. Pelo menos passei uns dias em Londres, revi e descobri lugares incríveis, matei a saudade da irmã e pude passar mais tempo ao lado do meu pai.

Ainda vem post sobre Londres e muitas coisinhas lindas de lá!

Apesar de ter parado com o 365 Little Things, não vou parar de fotografar, mas agora a única obrigação que quero ter enquanto fotografo é a de registrar coisas bem lindas, para usar ou não. Confesso que essa obrigação estava pesando um pouco.

Dinheiro não sobrou, mas uma coisa ficou: a certeza de que fiz o que devia ser feito e de que no fim das contas, tudo dá certo e acaba virando história pra contar.

Além disso, quando resolvi abandonar a viagem, me impus uma condição: a de correr (MAIS) atrás do que eu quero desde muito tempo. E em breve dividirei aqui com vocês meus novos projetos que aos poucos estão tomando forma.

Mais uma vez a vida mostrou que nada é em vão e que em tudo, mas tudo mesmo, sempre temos algo a aprender. E o destino (eu acredito nessas coisas) não dá ponto sem nó. Ponto.