Viagens DIY

Eeerrr… desculpa, 365 Little Things…

por em amor, Dona das Coisinhas, Viagem
Não é todo que passa por aqui que acompanha (ou acompanhava) o projeto 365 que comecei junto com o ano de 2013, o 365 Little Things. Já falei dele aqui no blog algumas vezes, mostrei minhas fotos preferidas e prometi algumas vezes que faria o possível para não abandoná-lo. E fiz.
Mas não é sempre que a gente tem a opção de escolher o que fazer, ou se tem, temos ao menos que usar um pingo de sensatez, mesmo naqueles momentos em que a vida pega a gente de jeito, vira prum lado, pro outro, de ponta cabeça e depois manda o recado: se vira. Pois é, aí é hora de escolher o que é prioridade e o que não é.

Últimas fotos do 365 Little Things
Os meses de março e abril tinham de tudo para serem o meses mais perfeitos do ano: férias programadas, viagem em vista, novos ares, novos planos, tempo com a família, tempo com o desconhecido, muitas fotos, dias no deserto, matar saudade da irmã mais nova e pra fechar tudo com chave de ouro, um show da minha banda preferida no qual eu iria com o nome na lista, lá em Oxford. A banda? The Kooks <3
Dia 23 de março saí de casa com meu pai feliz da vida rumo a Londres, depois de passar meses juntando meu suado dinheirinho, fui rever meu lugar preferido nesse mundo. Depois de Londres passaria mais alguns dias em Portugal com minha irmã que está morando por lá, outros dias em Marrocos com o noivinho no meio do deserto, aí voltaria para Portugal e depois para Londres com minha irmã. De lá a gente iria para Oxford, para o show do The Kooks. Era a viagem perfeita, mas não foi na hora perfeita.
Chegamos em Londres e no dia seguinte recebi a notícia de que minha filha teria que ser internada por causa de uma infecção e até então eu não sabia se era uma internação que duraria um dia ou uma semana. Fato é que no fim das contas, uma viagem que era para durar 20 dias, durou apenas 5 e quando voltei para o Brasil fui direto para o hospital e lá fiquei até a Mari receber alta. Não há coração de mãe que resista a uma situação dessas. Antes disso, ela ficou com minha mãe, a quem devo agradecer o resto da vida por todas as oportunidades de fazer coisas incríveis que tive, por todo cuidado que ela sempre teve com a Mari quando não estive por perto. O resto dos dias de férias passamos em casa, ao Deus dará, descansando o corpo e a mente. Ah! E é claro, comendo muito para recuperar o peso (a Mari, ok?).

No meio disso, haja cabeça para lembrar de fotografar, para lembrar de qualquer coisa que não fosse: “Quero que isso tudo passe logo”. E hoje já posso dizer que passou. Ufa! A Mari está ótima e recuperada, mais linda que nunca. E eu voltando às boas com o trabalho, com o blog e me acostumando com a ideia de continuar pobre sem ao menos ter completado a viagem que planejei. Pelo menos passei uns dias em Londres, revi e descobri lugares incríveis, matei a saudade da irmã e pude passar mais tempo ao lado do meu pai.

Ainda vem post sobre Londres e muitas coisinhas lindas de lá!

Apesar de ter parado com o 365 Little Things, não vou parar de fotografar, mas agora a única obrigação que quero ter enquanto fotografo é a de registrar coisas bem lindas, para usar ou não. Confesso que essa obrigação estava pesando um pouco.

Dinheiro não sobrou, mas uma coisa ficou: a certeza de que fiz o que devia ser feito e de que no fim das contas, tudo dá certo e acaba virando história pra contar.

Além disso, quando resolvi abandonar a viagem, me impus uma condição: a de correr (MAIS) atrás do que eu quero desde muito tempo. E em breve dividirei aqui com vocês meus novos projetos que aos poucos estão tomando forma.

Mais uma vez a vida mostrou que nada é em vão e que em tudo, mas tudo mesmo, sempre temos algo a aprender. E o destino (eu acredito nessas coisas) não dá ponto sem nó. Ponto.

Peru e Bolívia: Bom, bonito e barato – Parte I

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Se o objetivo do Viagens D.I.Y. é falar sobre viagens econômicas planejadas por você mesmo, vamos começar com uma viagem que é relativamente barata pelo custo x benefício. Quem curte viajar sabe: não sai barato! Mas, podemos sempre dar o nosso jeitinho para tornarmos as coisas mais fáceis e possíveis. 
Já falei um pouco do tempo que passei em Londres estudando e agora vou falar da minha primeira viagem turística planejada, que teve como destinos o Peru e a Bolívia.
Foram 12 dias (entre os dias 19 de 31 de agosto de 2009) incríveis na companhia do meu então namorado, hoje meu noivo. Sem sombra de dúvidas essa viagem ficará marcada pra sempre pela beleza dos lugares que conhecemos, pelo contato com uma cultura completamente diferente da nossa,  pelos milhares de cholas e llamas, pelas centenas de folhas de coca mascadas e litros de chá tomados para combater os efeitos da altitude, pelos mercadinhos de artesanato espalhados em cada esquina, pela simpatia do povo peruano e boliviano,  pelo frio que passamos e pelo mergulho na história da civilização inca.
Eu super indico essa viagem e para documentar tanto a viagem, quanto minhas dicas, resolvi dividir algumas histórias aqui no blog. Esse post é especial para minha grande amiga Fê, que em breve conhecerá a maioria desses lugares maravilhosos.
Para ficar mais fácil, dividirei em duas partes pois tem muuuuiiita coisa pra contar! Se vocês acharem útil a primeira parte, eu posto a segunda :P Combinado?
E foi assim…

Parte I – Chegada pela Bolívia e Peru
Dia 1 – Rio x La Paz (avião)
Saímos bem cedo do Rio e chegamos em La Paz no começo da noite. A viagem foi turbulenta e o avião da Aerosur, além de ter a peculiaridade um cachorro aviador desenhado na frente, parecia que batia asas de tão velho! Mas, chegamos a La Paz sãos e salvos! Ficamos hospedados no Hotel Sagrnagá, na rua de mesmo nome. O quarto tinha cheiro de cigarro e eu, falta de ar. A água do chuveiro parecia que grudava no corpo, uma sensação bem estranha, que depois descobri que não era uma particularidade o hotel, a água da Bolívia é assim e eu acabei me acostumando com isso durante a viagem. Não demoraram mais de 2 horas para os efeitos da altitude aparecerem: falta de ar, dor de cabeça e náuseas. A primeira noite em terras bolivianas foi bem ruim, que só não foi pior porque da janela do hotel eu vislumbrava um pedaço do céu lindo e estrelado.
Dia 2 – La Paz x Cusco (avião) 
Eu ainda passava mal por causa da altitude. Saímos do hotel ainda era madrugada e pegamos um taxi até o aeroporto. Em La Paz é bom ficar esperto com os motoristas de taxi, quando vêem que é turista, já sabem, né? O real na Bolívia vale muito! Na época em que fomos, a cotação era R$1 = Bs 6! O dia foi amanhecendo no caminho do aeroporto e eu vi aquela cor de areia tomando conta da cidade e ao fundo, o imponente e nevado Monte Illimani. Do alto La Paz parece monocromática mas, de dentro ela tem muita, muita cor.
Plaza de armas, Chá de coca, ruínas, cholas e llamas
Chegando em Cusco, fomos direto para um hotel aleatório indicado pelo taxista. Falamos o quanto tínhamos para gastar e ele nos levou até um hotel bacaninha, bem perto da Plaza de Armas. Depois descobrimos que não foi o hotel mais barato mas, valeu à pena. Indico que pesquisem antes de viajar!
Deixamos as malas e logo fomos procurar um City Tour. Sem eu perceber, o mal estar foi passando. Na Avenida del Sol, bem próxima à Plaza de Armas, encontramos várias agências e compramos um City Tour que levava até algumas ruínas próximas  a Cusco (Saqsaywaman, Qenqo, Pukapukara e Tambomachay). De noite passeamos pela Plaza de Armas e os arredores, tomamos um chá de coca e fizemos um lanche em um simpático café.
Dia 3 – Cusco x Valle Sagrado 


Na mesma agência em que fechamos o City Tour, compramos também um pacote para o Valle Sagrado de Los Incas, que incluía transporte, refeições e os passeios a Pisac, Chinchero, Ollantaytambo – de Ollantaytambo pegamos o trem que deixa em Aguas Calientes, última parada antes de Machu Picchu. 
Porta de uma lanchonete perto da estação de trem em Ollantaytambo, o povoado mais lindo de toda viagem
Ainda em Cusco, compramos os tickets para Machu Picchu, hoje em dia já é possível comprar pela internet no site http://www.machupicchu.gob.pe/. Dormimos em Aguas Calientes, em um hotel bem pertinho do Rio Urubamba.
Dia 4 – Machu Picchu e Wayna Picchu – Volta para Cusco de noite

Machu Picchu, o despenhadeiro em Wayna Picchu e o barzinho simpático de Aguas Calientes


O dia em Machu Picchu foi o ponto alto da viagem. Chegamos bem cedo e vimos os primeiros raios de sol invadirem as ruínas incas, conhecemos o sítio arqueológico inteirinho e subimos o Wayna Picchu, o que foi bem cansativo mas, a vista lá do alto compensa a caminhada. Para subir o Wayna Picchu (montanha que fica bem ao lado de Machu Picchu), é preciso chegar bem cedo pois, a entrada é limitada. O caminho é beeemmm inclinado e no alto da montanha existem algumas ruínas, com uma vista sensacional.
Voltamos para Aguas Calientes após o passeio e fomos até as famosas águas termais. Foi a única decepção da viagem. Para quem esperava água quentinha e relaxante, encontrei umas piscinas sujas e de cimento, cheias de lodo e franceses safados. Depois disso, demos mais um passeio na cidade e embarcamos num ônibus que quebrou no meio da estrada de volta para Cusco.
Dia 5 – Dia em Cusco e ao fim da tarde, pegamos um ônibus para Puno
Manifestações culturais na Plaza de Armas, a Avenida que levava até o Terminal Rodoviário e a Cusqueña

Quando fomos para Machu Pichu, deixamos os mochilões no hotel em que estávamos e só levamos o essencial para o passeio no Valle Sagrado. Na volta, retornamos para o mesmo hotel e dormimos até mais tarde para descansar. Quando acordamos, fomos almoçar em um barzinho muito simpático nos arredores da Plaza de Armas. Tomei uma Cusqueña, uma das mais populares cervejas peruanas e posso dizer que é muuuiito boa!

Pegamos nossas mochilas e fomos para o terminal rodoviário, com direito a uma parada no Mercado de Artesanías, que fica bem próximo ao local. Por lá achei muita coisa barata e fiquei doida :P Depois, esperamos um tempinho na rodoviária e embarcamos numa viagem de 08 horas até Puno.
Dia 6 – Puno – Passeio pela cidade e Islas flotantes de los Uros


As simpáticas crianças de Uros, a ilha e o tuc tuc
Chegamos em Puno de manhã bem cedo, passando bastante frio depois de sermos salvos pelo cobertor que eu carregava na mochila dentro do ônibus, que estava com o sistema de calefação estragado. Na verdade, acho que nunca havia passado tanto frio na minha vida.
Fomos para um hotel previamente reservado, dormimos, conhecemos um pouco da cidade e depois pegamos um barco nas margens do Lago Titicaca, que é o lago navegável mais alto do mundo, até as Islas flotantes de Los Uros. Um lugar bem pitoresco, eu diria. São ilhas flutuantes, construídas por uma espécie de capim trançado chamado totora, onde há séculos vivem famílias de indígenas. As condições por lá são bem precárias mas, o lugar é lindo! Eles pedem para que levemos balas paras as crianças e eu fiquei feliz de não ter levado pois, dava dó ver os pequenos com os dentinhos todos cheios de cáries. No barco conhecemos um casal de brasileiros, um casal de indianos e um italiano cheio de papo. Conversamos muito durante o passeio e depois jatamos juntos em um restaurante super bacana, onde o italiano arrumou uma pechincha se passando por guia do grupo e conseguiu jantar de graça.
No dia seguinte ainda passeamos pelas margens do Titicaca e em alguns mercadinhos de artesanato na parte da manhã.  De tarde partimos para Copacabana.

Dicas e dados importantes: 

* Para viajar para estes dois países é preciso estar com a vacina contra febre amarela em dia. Não me pediram nenhum comprovante na imigração mas, por via das dúvidas, fui prevenida.
* É possível realizar o câmbio usando real nos dois países mas, levamos dólares pois, saía mais em conta na época. Vale a pena pesquisar.

Bolívia
População: Aproximadamente 10.000.000
Línguas: Espanhol, Aymara, Quéchua e outras cerca de 34 línguas indígenas
Extensão Territorial: 1.098.581 km²
Moeda corrente: Boliviano – Cotação atual em relação ao real: 0,2686


Peru

População: Aproximadamente 28.000.000
Línguas: Espanhol, Quéchua e outras línguas indígenas
Extensão Territorial: 1.285.216 km²
Moeda corrente: Novo Sol – Cotação atual em relação ao real: 0,6879

Links úteis:
Mochileiros.com
Busca de hostels
Hostels na Bolívia
Busca de hostels – Peru
Cusco
Tours em Cusco e Machu Picchu
Roupas para inverno Bolívia, Chile e Peru 

Continua no próximo post!
Muah :*

Viagens DIY

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Ultimamente tenho pensado em tanta coisa para compartilhar por aqui que estou até com medo de isso virar uma bagunça total! Mas, mantenhamos o foco e pensemos que a nova seção que hoje vos apresento, mesmo sendo diferente de todas as outras, também pode ser muito Faça Você Mesmo!


Quem me conhece sabe da minha paixão por viagens e se não sabe, fique sabendo! Apesar de ter começado a viajar relativamente tarde, já que saí pela primeira vez de Minas Gerais para conhecer a praia e viajar de avião aos 18 anos (o que para mim não é motivo para nenhum tipo de constrangimento), hoje acumulo uma certa “bagagem” no assunto.

Quase 6 anos atrás, 4kg mais magra, alguns piercings e alargadores a mais



Minha primeira viagem internacional foi em 2006, quando passei 2 meses em Londres, no Reino Unido, fazendo um curso de inglês. De lá dei esticadinhas a Brighton, Hamburgo, Wittstock e Berlim. 

Hamburgo, “praia” de Hamburgo e Wittstock
Brighton



Queria ter conhecido mais da Europa nessa época mas, as minhas condições financeiras de então não me permitiram. Mesmo assim, não tenho do que reclamar. Me apaixonei por Londres e até hoje sonho em voltar, mesmo que só por alguns dias.


Mercados de rua: Camdem Town, Brick Lane e Portobello – Fotos: www.globalgrasshopper.com



Os mercados de rua de Londres são uma particularidade, de encher os olhos (e esvaziar os bolsos) de qualquer um. Muito vintage, roupas lindas e estilosas, feiras com artistas locais, acessórios mas, também muita coisa made in China e quinquilharia. Zilah das Coisinhas lá no meio, ficou louca! Até hoje guardo com muito carinho as lembranças materiais que trouxe desses lugares. Infelizmente, perdi muitas fotos dessa viagem pelo fato de que eu não tinha um computador naquela época e era muito desligada das tecnologias.


Mas, o melhor foi que depois que voltei de Londres, passei a viajar mais por Minas Gerais e pelo Brasil. Conheci a Bahia, cidades lindas e aconchegantes do interior de Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre… Já em 2009, fiz a segunda viagem internacional, desta vez, acompanhada do Tiago, que hoje é meu noivo 


E é exatamente aí que entra o Faça Você Mesmo de viagens!
Eu e o Tiago moramos em estados diferentes, ele mora no Rio e eu em Minas. Mesmo com a distância física, são raros os fins de semana em que não nos encontramos. Ou ele vem pra cá, ou eu vou pra lá e às vezes, e por que não, nos encontramos em alguma outra cidade. É um namoro a distância muito de perto :)


Quando em 2009, eu e o Tiago decidimos conhecer a Bolívia e o Peru, resolvemos fazer tudo por conta própria, ou seja, o primeiro Faça Você Mesmo de viagens. Pesquisamos muito pela internet, lemos guias inteiros, montamos vários documentos compartilhados que eram editados diariamente, para depois comprarmos as passagens de avião, reservarmos os hotéis, definirmos o roteiro e os passeios que faríamos. Feito isso tudo, colocamos o mochilão nas costas e lá fomos nós!


Foram 12 dias lindos, conhecendo lugares mais lindos ainda, mergulhados na história das mais encantadoras civilizações antigas, em contato com gente de todo canto do mundo, dormindo em hostels, experimentando todo tipo de comida diferente, tomando muito chá de coca, enfrentando horas de avião, ônibus, barco, trem, caminhadas e por aí vai!

Estas experiências, sem dúvida alguma, carregarei comigo para a vida toda e não vejo o por que de não querer compartilhá-las, sendo que foi algo tão positivo. Um dos principais motivos pelos quais quero fazer isso, é para tratar este compartilhamento como uma forma de retribuir favores, já que em todas as viagens que fiz e que planejo fazer, a internet sempre foi o principal ponto de partida e a principal fonte de informações. 


Viajar é preciso


Todo mundo deve e merece viajar, nem que seja  para a cidade ali do lado. A chance de conhecer coisas novas e viver emoções intensas sempre existe! Foi numa dessas viagens que eu conheci o Tiago *_*

E é um pouco disso que quero trazer para cá: novas experiências, cores do mundo, novos pontos de vista, sonhos realizados, sonhos a serem realizados e principalmente, um incentivo para quem só precisa de um empurrãozinho para pegar a mochila e viajar por aí, por vontade e conta própria!


Tudo isso sem esquecer que um bom planejamento é essencial :)

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