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Sábado em Brighton

por em Viagem
A cidade de Brighton, ao sul da Inglaterra, é conhecida pela atmosfera jovem, cheia de vibração e pela sua Universidade, que coincidentemente é o local onde foi formada uma das minhas bandas preferidas, The Kooks.
Sábado de verão colorido e movimentado em Brighton
Brighton é daqueles lugares onde se pisa uma vez e logo se tem a certeza de que você vai querer voltar, não importa quando. E foi assim comigo. Estive em Brighton pela primeira vez em 2006, quando passei dois meses estudando em Londres. Foi uma passagem rápida, assim como a última (há duas semanas atrás), mas foi o suficiente para despertar a vontade de voltar.

Segundo o Tiago, mineiro adora a Inglaterra porque aqui tem muito “trem” 
Bel e Dato no trem
A viagem de trem de Southampton a Brighton dura uma média de 1h30min, assim como a vigem de trem partindo de Londres. Os preços do transporte são bem acessíveis, levando em conta a eficiência e a rapidez do serviço. Logo que chegamos a Brighton, saímos da estação e pegamos a primeira rua à esquerda. Dali já saímos no início da North Laine, onde nos fins de semana ocorre uma feirinha, além de ser uma rua cheia de cafés, pubs, lojas lindas e algumas muitos incríveis.

Em Brighton comecei a reparar que os ingleses realmente gostam de bandeirinhas e comecei a achar que havia algum tipo de ligação sobrenatural entre eu estar aqui e ter tanta bandeirinha em todo lugar. Como adoro essas decorações alegres e delicadas! Tenho certeza que voltando para o Brasil vou mergulhar nessa paixonite que não é recém adquirida, mas foi recém intensificada nessas férias na Inglaterra.

Loja de tecido e aviamentos cheia de coisa linda!
Outra loja linda e cheia de graça

Cada parada na North Laine me garantia palpitações e ideias pipocando na cabeça, mas foi ao entrar na Sass & Belle que quase tive um ataque.

Sobrinho palhaço entrando na foto 
É muita lindeza pro meu coração
Foi visitando lojas como essa (perdi as contas de quantas visitei) que percebi como a cultura do DIY em várias ocasiões especiais é presente por aqui, principalmente em casamentos. Além de muitas coisinhas lindas e decoração pra casa, você encontra muita coisa para convites, lembrancinhas, papelaria e faça você mesmo. E mais uma vez, as bandeirinhas marcam presença. Isso tudo me fascinou tanto e me mostrou que é possível sim ter um espaço onde eu possa juntar todas as minhas paixões.
Ainda na North Laine, fizemos uma parada para o almoço em um restaurante que só tinha hambúrguer no cardápio (não consigo lembrar o nome de jeito nenhum)  e estava tudo uma delícia. Uma cervejinha pra completar, porque ninguém é de ferro e ainda mais estando em férias.
A única coisa que lembro é que o restaurante é perto dessa fachada 
Depois de almoçar caminhamos até a praia, que fica bem pertinho. Foi só seguir a rua principal e logo chegamos. A praia de Brighton é bem peculiar, pois é toda de de pedrinhas (que machucam o pé), mas mesmo assim tem um mar lindo, verde e azul, como disse o meu sobrinho mais novo. Estendemos nossas cangas nas pedrinhas e curtimos o solzinho do primeiro dia de verão inglês. Teve gente que mesmo com a água gelada, não queria sair do mar.
As pedrinhas da praia e eu procurando corações
Tonton insistiu em querer aparecer na gravação que estava rolando ali  no fundo 
Depois da praia ainda fomos ao Brighton Pier, que é lindo e na verdade é um parque de diversões. Comemos uns donuts, tiramos fotos e fomos caminhar mais um pouco. Na volta passamos por pracinhas floridas e mais uma vez pela North Laine, pra certificar de que eu já havia visto todas as lojas lindas de lá. 

Carrossel na praia
Muitos músicos de rua pela cidade toda
Loja lindinha em frente a praia
Foto da foto e os meninos sempre tentando entrar na frente
Nós <3
E foi assim, um dia super agradável e em família em Brighton. Não vou mentir e dizer que não teve stress pois quase me largaram pra trás umas 3 vezes enquanto eu entrava em lojinhas. Queria ter tido mais tempo pra ver tudo de pertinho, mas é aquela história: um dia eu volto, com muita calma e tempo.

Eeerrr… desculpa, 365 Little Things…

por em amor, Dona das Coisinhas, Viagem
Não é todo que passa por aqui que acompanha (ou acompanhava) o projeto 365 que comecei junto com o ano de 2013, o 365 Little Things. Já falei dele aqui no blog algumas vezes, mostrei minhas fotos preferidas e prometi algumas vezes que faria o possível para não abandoná-lo. E fiz.
Mas não é sempre que a gente tem a opção de escolher o que fazer, ou se tem, temos ao menos que usar um pingo de sensatez, mesmo naqueles momentos em que a vida pega a gente de jeito, vira prum lado, pro outro, de ponta cabeça e depois manda o recado: se vira. Pois é, aí é hora de escolher o que é prioridade e o que não é.

Últimas fotos do 365 Little Things
Os meses de março e abril tinham de tudo para serem o meses mais perfeitos do ano: férias programadas, viagem em vista, novos ares, novos planos, tempo com a família, tempo com o desconhecido, muitas fotos, dias no deserto, matar saudade da irmã mais nova e pra fechar tudo com chave de ouro, um show da minha banda preferida no qual eu iria com o nome na lista, lá em Oxford. A banda? The Kooks <3
Dia 23 de março saí de casa com meu pai feliz da vida rumo a Londres, depois de passar meses juntando meu suado dinheirinho, fui rever meu lugar preferido nesse mundo. Depois de Londres passaria mais alguns dias em Portugal com minha irmã que está morando por lá, outros dias em Marrocos com o noivinho no meio do deserto, aí voltaria para Portugal e depois para Londres com minha irmã. De lá a gente iria para Oxford, para o show do The Kooks. Era a viagem perfeita, mas não foi na hora perfeita.
Chegamos em Londres e no dia seguinte recebi a notícia de que minha filha teria que ser internada por causa de uma infecção e até então eu não sabia se era uma internação que duraria um dia ou uma semana. Fato é que no fim das contas, uma viagem que era para durar 20 dias, durou apenas 5 e quando voltei para o Brasil fui direto para o hospital e lá fiquei até a Mari receber alta. Não há coração de mãe que resista a uma situação dessas. Antes disso, ela ficou com minha mãe, a quem devo agradecer o resto da vida por todas as oportunidades de fazer coisas incríveis que tive, por todo cuidado que ela sempre teve com a Mari quando não estive por perto. O resto dos dias de férias passamos em casa, ao Deus dará, descansando o corpo e a mente. Ah! E é claro, comendo muito para recuperar o peso (a Mari, ok?).

No meio disso, haja cabeça para lembrar de fotografar, para lembrar de qualquer coisa que não fosse: “Quero que isso tudo passe logo”. E hoje já posso dizer que passou. Ufa! A Mari está ótima e recuperada, mais linda que nunca. E eu voltando às boas com o trabalho, com o blog e me acostumando com a ideia de continuar pobre sem ao menos ter completado a viagem que planejei. Pelo menos passei uns dias em Londres, revi e descobri lugares incríveis, matei a saudade da irmã e pude passar mais tempo ao lado do meu pai.

Ainda vem post sobre Londres e muitas coisinhas lindas de lá!

Apesar de ter parado com o 365 Little Things, não vou parar de fotografar, mas agora a única obrigação que quero ter enquanto fotografo é a de registrar coisas bem lindas, para usar ou não. Confesso que essa obrigação estava pesando um pouco.

Dinheiro não sobrou, mas uma coisa ficou: a certeza de que fiz o que devia ser feito e de que no fim das contas, tudo dá certo e acaba virando história pra contar.

Além disso, quando resolvi abandonar a viagem, me impus uma condição: a de correr (MAIS) atrás do que eu quero desde muito tempo. E em breve dividirei aqui com vocês meus novos projetos que aos poucos estão tomando forma.

Mais uma vez a vida mostrou que nada é em vão e que em tudo, mas tudo mesmo, sempre temos algo a aprender. E o destino (eu acredito nessas coisas) não dá ponto sem nó. Ponto.