gravidez na adolescência
Sobre ser mãe de uma adolescente antes dos 30
Uma hora você está lá dando graças que aprendeu a lidar com certas coisas, comportamentos e tudo mais e outra hora, outra fase completamente diferente já começa. Falo isso com meus 12 anos de experiência como mãe da Mari, a coisinha mais linda que a vida me deu logo cedo, aos 15 anos.
E a cara de criança? |
Não sou a única e tampouco a primeira mulher nesse mundo a passar pela situação de se tornar mãe de uma adolescente antes de completar 30 anos. 30 anos é aquela idade em que hoje em dia vejo as pessoas tomando a decisões como casar, ter a casa própria, viajar o mundo, tomar juízo, ter filhos (!) e tudo mais. Hoje, com quase 28 anos, essa é a idade na qual também estou tentando fazer algumas dessas coisas, porém com uma filha de 12 anos para cuidar. E eu, ingênua que só, achava que filho pequeno era que dava mais trabalho…
Isso tem me exigido responsabilidade, paciência, disciplina, paciência, persistência, paciência, sabedoria e paciência! Como disse, ser mãe é um aprendizado e um desafio constante, não acho que seja mais fácil ou mais difícil por causa da idade. Problemas, desafios, todo mundo tem, certo? Conciliar nossos sonhos com nossas responsabilidades faz parte da vida de todo mundo.
O amor está incluso neste pacote como pré-requisito. Afinal, ser uma mãe jovem (como dizia uma coleguinha da Mari se referindo a mim) exige tanto quanto ser uma mãe adulta.
palhaças. sem o que fazer na hora do almoço. |
Quando olho pra trás e vejo como foi minha vida nesses últimos 12 anos, tenho a consciência de que as coisas correram de uma forma até tranquila e como sempre, só tenho a agradecer pela família maravilhosa (e meio bagunçada) que tenho. A maternidade aos 15 anos é algo que a gente não aconselha pra ninguém, mas sabe que pode ser algo transformador na vida de quem tem o apoio, o que foi o meu caso. Eu era muito ‘vida loka’ e de certa forma, tomei jeito com isso hahaha desculpa, mãe. Mas acho que era assim que as coisas tinham que ser.
Hoje e em muitos momentos, ter uma criança em casa foi o que nos deu alegria e manteve a família unida. Passamos por fases difíceis, como quando meu irmão mais novo faleceu, mas ter a Mari ali todos os dias, cada dia mais linda e sapeca, enchia a casa alegria e a gente de força pra seguir em frente.
Nós. Maio de 2012 |
Com todos os desafios que essa idade da Mari traz, sempre achei ela uma menina muito madura. Não é porque é minha filha, mas tem horas que ela mesmo me pega de surpresa com as respostas, as atitudes e as opiniões que a gente espera de uma criança de 12 anos. E não acho que isso seja mérito meu, essas são daquelas coisas que já nascem com a gente, sabe?
E mesmo que muitas vezes a gente acabe batendo de frente, depois da trombada vem sempre um abraço, uma conversa e uma brincadeira (como não poderia deixar de ser). Conselhos, tanto de um lado quanto de outro, afinal a gente se escuta. Ou pelo menos tenta.
Nós. Dia desses. |
Não tenho do que reclamar, essa vida sempre foi boa demais comigo e me deu tudo que eu queria mesmo sem eu saber o que exatamente era. Sou grata demais pela filha que tenho, pela família, pelo amor da minha vida e por todas as oportunidades que tive e continuo a ter.
Life is good!
P.s.: Se você leu até aqui, parabéns e obrigada :P