inspiração

Juliana Rabelo: muito talento e muita delicadeza

Nos últimos tempos, o Instagram é o lugar onde mais encontro inspirações e coisas legais para ver e admirar e foi por lá mesmo que encontrei e conheci o trabalho da Juliana Rabelo. Sempre é difícil lembrar como chegamos até algo, mas é fácil, fácil lembrar por que nos encantamos.
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Talento firme, bem explorado, delicado e muito bem empregado. É assim que vejo o trabalho da Juliana Rabelo e é isso o que mais me encantou. Encantou tanto que quis conhecer um pouquinho mais e mostrar para vocês coisas lindas que todo mundo merece ver.
Zizi: Conta pra gente quem é você, de onde veio e o que faz :)
IMG_20150704_121415Juliana: Eu sou a Juliana, sou bacharel em Design de Moda pela Universidade Federal do Ceará, mas trabalho mesmo como ilustradora e professora freelancer. Gosto de desenhar meninas, animais e coisinhas fofas com aquarela, e gosto muito de ensinar outras pessoas a fazerem isso também. :) Mantenho um blog com postagens sobre dicas, inspirações e mais sobre ilustração e aquarela, e atualmente também tenho experimentado oferecer aulas online.
 
Zizi: Como descobriu o talento com a ilustração e como decidiu transformá-lo em profissão?
Juliana: Eu desenho desde criança, e como sempre tive muito incentivo das pessoas próximas a mim, nunca parei. Com a faculdade, descobri que eu poderia monetizar meus desenhos e que isso poderia, sim, ser uma profissão! Passei a investir em cursos na área, e a me dedicar mais aos estudos de desenho. Aos poucos, as pessoas foram conhecendo meu trabalho, até que surgiu o primeiro “quanto tu cobra num desenho desse?” :)
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Zizi: O que você comunica através de suas ilustrações?  Existe uma mensagem especial no seu trabalho?
Juliana: Eu tenho buscado muito ser uma pessoa mais tranquila e desacelerar minha vida; quando tô criando uma ilustração, quero poder transmitir essa calma e leveza que busco pra mim, pra que meu espectador se sinta tranquilo ao ver meu desenho. Eu geralmente também desenho o que tô sentindo, e com isso eu espero que pessoas que estejam passando por situações parecidas se sintam abraçadas, que elas se identifiquem e se sintam acolhidas, compreendidas.
 
Zizi: O que te inspira na hora da criação?
Juliana: O universo feminino e a natureza, disputando o primeiro lugar. Além disso, elementos que fazem referência à liberdade (balões e passarinhos, principalmente) são sempre muito inspiradores pra mim.
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Zizi: Quais são suas principais referências artísticas?
Juliana: Eu gosto muito do desenho da Nanda Kammi, da Miss Led e da Amanda Mocci, e das aquarelas da Sabrina Eras e da agnes-cecile.
 
Zizi: Onde e como você se enxerga daqui a 20 anos?
Juliana: No meu ateliê dos sonhos (bem lindo e com uma iluminação radiante!), com turmas cheias de alunos queridos e navegando num mar de aquarela! ♥ Levando uma vida feliz e tranquila e com a certeza de que consegui alcançar o sonho de viver de ilustração :~)
aquarela-flores-juliana-rabelo-finalizada-blog ilustracao-galaxia-juliana-rabelo-0000ilustracao-melissa-queen--juliana-rabelo-02 Conheça mais e acompanhe:
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Puxa o banquinho de concreto e senta que lá vem história!

O post de hoje é pra reafirmar o quanto gosto desse cantinho e me sinto em casa aqui, como em nenhuma outra rede social. Essa semana vi um entrevista em um programa de TV (que eu não tenho ideia qual era, nem em qual canal, pois a tv estava ligada por acidente) de um cara falando que os blogs são como as ruas da internet e as redes sociais, os condomínios. E isso me traz a lembrança de que sempre fui da rua, de casa, de correr solta e aqui é onde faço isso na minha vida virtual, que é vasta! Falar do meu dia a dia, das minhas coisinhas e das coisas que me cercam é o que traz minha personalidade pra cá e de certa forma, alivia também o peso nos ombros (que aqui escorre pelos dedos e vira pirlimpimpim).

banquinho de concreto pronto

Olha o banquinho aí!

Semana passada foi uma semana daquelas em que tudo poderia acontecer e de repente via vida que andava meio empurrada com a barriga cobrando uma atitude urgente e que só depende de mim. Gente, quem nunca? Quem nunca adiou os planos, quem nunca deixou pra amanhã, quem nunca esqueceu, que nunca procrastinou? O único problema de tudo isso é que como qualquer coisa na vida, o excesso faz mal. E foi assim que eu me vi, como digo hoje, 20 dias atrasada no ano. Isso deixa

Fui deixando que as atividades rotineiras tomassem conta dos dias e todos aqueles planos no papel (uma checklist com mais ou menos 30 itens) sempre encontravam uma desculpa para não serem riscados. Algo que eu sempre me gabei de fazer bem foi esse malabarismo entre conseguir encaixar trabalho, rotina da casa, rotina da filha, a minha rotina e as novas ideias no tempo que cabe em uma semana. Mas desde que voltei das férias do casamento, pequei muito em relação a isso, mas já me perdoei, ok? Para se ter ideia, tinha um projeto que desde maio estava na lista dos afazeres e eu já tinha todo o material em mãos. Mas sempre tinha um telefonema, um email, um medo ou algo mais importante a fazer.

varandinha suculentaEsse projeto é o famoso banquinho de concreto do blog Homemade Modern e comecei a fazê-lo na semana passada, depois de estragar a minha geladeira usando uma faca e um martelo para quebrar o gelo e depois de quase cancelar uma viagem que vinha sendo planejada desde o início do ano. E tudo isso foi culpa daquele “deixa pra depois”.

Tudo começou com a geladeira da época das cavernas que ficou com a porta aberta sem querer e formou uma camada de gelo bizarra. Eu. com preguiça de esperar o degelo, fui lá com a faca pontuda e o martelo e quebrei não só o gelo, mas a geladeira. Furei o canal do gás que faz o resfriamento e o conserto ficaria quase no preço de uma nova (sem contar que eu já não tinha uma relação muito boa com ela). O que eu pude fazer foi lamentar um pouco, pois a gente continua apertado nas contas desde o casamento e me consolar comprando uma geladeira nova, em suaves prestações, maior e o mais importante: frost free (dessas que não forma gelo no congelador). A geladeira já chegou e depois de um perrengue que eu até curti, pois não tive que cozinhar todos os dias, tudo já está de volta ao normal.

Nesse mesmo dia que a geladeira quebrou, eu e o Tiago nos demos conta que iríamos em breve para Belém do Pará ver o Círio de Nazaré, que eu apesar de não ser religiosa, tenho muita vontade de conhecer. E claro, tenho também MUITA vontade de conhecer Belém, a cultura e a culinária paraenses. Só que nas vésperas da festa, nos esquecemos de reservar o hotel e adivinha: tudo muito caro ou tudo muito longe ou mal avaliado. Foi uma sofrência momentânea, mas que também já passou depois de incansáveis horas de pesquisa e muitos emails!

Com tudo isso acontecendo e eu vendo meu trabalho paralisado, resolvi colocar a mão na massa e executar projetos e planos que eu tinha há meses. Aprendi isso com a Rafa Cappai, de que quando você não consegue se concentrar num problema e resolvê-lo ou cumprir as tarefas que tem, pule para o próximo ou vá fazer algo que lhe dê prazer, como cuidar da casa, fazer um projetinho DIY. Depois vejam mais sobre procrastinação estruturada. E aí o banquinho finalmente nasceu! Com um medo danado de que não desse certo, que os pés ficassem desalinhados e bambos. E ele veio perfeitinho, firme e já está enfeitando a varanda!

materiais

Balde grande, pés palito, bastão, luvas, máscara, vaselina, papel, água e cimento

cimentoPara fazer o banquinho, usei mistura para cimento, daquelas que só acrescenta a água. Coloquei no balde de roupa suja (esses de silicone que a gente acha em lojas de departamento) a quantidade que eu achava que ficaria legal para a altura do banquinho e misturei a água. Antes de colocar a mistura, passei um pouco de vaselina com um papel para que soltasse mais fácil. A mistura ficou um pouco mole, daí coloquei mais um pouquinho de cimento, mas é sempre bom ler as instruções do fabricante. Cada um é de um jeito e os preços também variam muito.

cimento 2Usei um pedaço de madeira para misturar, mas como estava de luvas de limpeza para proteger as mãos (cimento resseca pra caramba) e com uma máscara de proteção para não inalar o pó, acabei colocando a mão na massa mesmo. Foi bem mais fácil!

pezinhosCom a massa consistente e sem pelotas, coloquei os pés palitos que ganhei de presente da Ana há um tempão, mas você pode usar 3 bastões de madeira com tamanhos iguais. Deixei os três bem alinhadinhos e confesso que essa foi a parte mais difícil. Depois foi só contar com a sorte e deixar secar por 24 horas. E não é que no fim das contas tudo deu certo?

cimento seco tirando cimento da forma

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De lá pra cá minha semana tem sido muito mais focada e produtiva. Às vezes a vida precisa dar um empurrão pras coisas andarem ;) E a nós só cabe colocar a mão na massa e manter a calma para fazer o que tem que ser feito.

Coisinhas que vi e gostei #2

Gostei mesmo dessa história de fazer uma coletânea do que me encantou durante a semana, tanto que voltei hoje com outro post no mesmo estilo do último. Confesso que o plano era ter um post intercalando esses dois, mas a semana foi corrida e alguns dias lentos e sem foco. Então acabei não conseguindo fazer o post que eu tanto queria, visto que ele precisa de uma grande dose de capricho e fotos bonitas.

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Me apaixonei perdidamente. Mas a decepção de saber que não poderia ter um prato de cogumelos que é a minha cara foi proporcional, pois a loja que vende esse prato lindo é australiana e não entrega no Brasil. Buá! (e mesmo se entregasse, ainda estamos apertados por causa do casamento)

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Um instagram que acompanho e sempre é cheio de coisas lindas de arrebatar, é o da FLO Atelier Botânico. Adoro a leveza, a simplicidade e a beleza das coisinhas que vejo por lá. Eles têm uma Pop Up linda em SP e eu não tenho dúvidas de que vale a visita ;)

tattoo amanda

Essa é das coisas mais singelas que vi nos últimos tempos: a cartelinha de Tattoos Temporárias da Amanda Mol que vem cheinha de cactos e e de amor. Eu não perdi tempo, garanti a minha e já tenho a intenção de que desenhos do tipo se tornem permanentes na minha pele.

colar lavanda Tania

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que tenho uma ligação muito especial com as meninas da …com Lola. Elas são pra mim aquelas pessoas das quais gosto de graça, admiro e quero sempre por perto, além de serem uma grande inspiração no que diz respeito à forma de trabalhar. Nunca escondi isso de ninguém, pois sempre tiro grandes lições do trabalho que elas fazem e das nossas trocas.

Recentemente, Tânia e Emika (as Lolinhas, como carinhosamente as chamo) estiveram em Londres, cidade que é especial para mim e que me traz sempre coisas boas. E uma coisa muito linda aconteceu. Eu não sei como, nem por que, mas direta ou indiretamente, participei desse momento lindo. Vem ver aqui no blog da …com Lola!

E pra completar, dia desses acordei e a primeira coisa que fiz foi ler essa entrevista com Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank (e mais conhecido como o banqueiro dos pobres) e um baita empreendedor social. Bela forma de começar o dia!  A filosofia que ele espalha pelo mundo tem tudo a ver com meu modo de pensar e sem dúvidas suas palavras servem como guias para minhas escolhas.

“Quem disse que nascemos para procurar emprego? A escola? Os professores? Os livros? Sua religião? Seus pais? Alguém colocou isso na cabeça das pessoas. O sistema educacional repete: ‘você tem que trabalhar duro’. Seres humanos não nasceram pra isso. O ser humano é cheio de poder criativo, mas o sistema o reduz a mero trabalhador, capaz de fazer trabalhos repetitivos. Isso é vergonhoso, está errado. As pessoas precisam crescer sabendo que é uma opção se tornar empregado, mas que existe a possibilidade de ser empreendedor, seguir o próprio caminho. É arriscado, incerto, há frustrações, mas é bem mais estimulante. Arrumar emprego é o que é seguro, garantido. Mas sua vida será limitada ao que decidirem por você.”

Espero que tenham gostados das coisinhas que vi e gostei essa semana :) Eu adorei!

Casei e voltei!

Ingênua que só, eu achava que faltando menos de um mês para o casamento, conseguiria manter o ritmo aqui no blog e ir compartilhando aos pouquinhos as coisas que ia fazendo. Ingenuidade pura. Porque foi só pensar nisso e o mundo pareceu que ia desabar de tantos afazeres e detalhes para resolver. A gente passa meses e meses com certa tranquilidade planejando uma festa de casamento, mas é só quando falta menos de um mês que as coisas realmente acontecem. Foi isso que senti e foi sensação que me confirmaram todos os casados com quem conversei. E foi aí que chegou a hora em que todos aqueles planos anotados no caderninho (sim, eu tinha um caderninho de planos do casamento) PRECISAVAM tomar forma urgente e a hora era aquela.

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Nosso altar – o lugar daquelas fotos tradicionais depois da cerimônia

Já contei para vocês que não fui uma noiva tão mão na massa quanto gostaria, mas isso foi por um ótimo motivo: para manter a minha sanidade mental e consequentemente, a do marido. E o que eu não tive de tão mão na massa, meus amigos tiveram. Quanto amor foi poder ver a Bel (minha irmã mais velha) fazendo todos os doces da festa e no dia celebrando a nossa união; a Ana (minha irmã mais nova) toda desajeitada como madrinha de primeira viagem – agora que já passou a bagunça posso achar lindo; a mulherada na cozinha se desesperando para enrolar os quase 300 brownies das lembrancinhas; o Edu se desdobrando para atender minhas exigências e pirações em forma de luminária para enfeitar a mesa de doces; a Amoreca fazendo a plaquinha mais linda do mundo; a Annita enfeitando tudo com sua delicadeza e flores de papel mais maravilhosas que já vi; a Emília e o caderninho de assinatura com papel pirlimpimpim; o Sabiá, meu motorista de última hora mas que não poderia ser melhor arranjado; o Bibi me presenteando com as luzes gambiarra e os sousplats de última hora e por aí foi! Sem contar aquelas mãos amigas que estão sempre a postos para ajudar com o que der vier, como a da mãe e a da Tia Guta. Sem elas nos bastidores, nada teria dado tão certo.

Não teve chá de panela, despedida ou chá de lingerie porque eu quis assim. Aliás, até houve uma tentativa estabanada de chá de lingerie, só que a distância atrapalhou e a falta de tempo também. Mas logo que cheguei de lua de mel encontrei uma uma caixa recheada de maravilhosidades da Evidenza, enviada pelos amigos donos da fábrica. Então ficou mais que certo de era assim que tinha que ser e tirou aquela magoazinha boba que havia ficado, uma besteira diante de tudo isso que tô contando.

Foi uma festa pequena, para 150 convidados, mas com doses de carinho bem grandes em cada detalhe. O nosso objetivo era que além de presenciarem e comemorarem com a gente um momento tão especial, nossa família e nossos amigos se divertissem (e de que quebra dessem vexame – essa foi uma de nossas exigências), assim como os noivos.

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Uma visão geral da festa <3

E eu nessa história? Fiquei feliz. Feliz é a palavra certa e não precisa de mais nada além disso. Pode parecer simples para definir algo grande em termos de sentimento, mas pra mim é nessa simplicidade que mora a graça e a leveza das coisas. Tenho a certeza de estar vivendo uma das fases mais cheias de felicidade da minha vida e o dia 20 de junho foi o ápice disso.

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Foto tirada pela mommy dentro do fusquinha mais lindo do mundo, com o buquê mais lindo do mundo. Ainda falarei sobre tudo isso por aqui!

Cada detalhe fez a diferença, cada palavra de carinho, cada abraço, cada gesto foi importante e continuará sendo para o resto de nossas vidas. Não temos como agradecer às pessoas e ao universo da maneira que julgamos que eles mereçam, mas que fique registrada hoje e sempre a nossa gratidão.

lua de mel em los roques

E foi assim que passamos boa parte dos nossos dias de Lua de Mel em Los Roques

P.s.: não vejo a hora de ter em mãos as fotos oficias para mostrar mais por aqui <3