Empreendedorismo Criativo

6 motivos para fazer a Oficina para Sonhadores Amanda Mol

Amanda Mol é uma antiga conhecido do Das Coisinhas <3 Juntas já fizemos muita arte, literalmente. Parcerias de produtos, de divulgação, de ilustração, de coisinhas, parcerias que são sinceras, cheias de amor e por isso duram. Acho que isso nosso trabalho tem muito em comum e por isso essa junção traz tantos bons frutos.

Quando penso no que dizer para falar mais uma vez sobre o trabalho da Amanda, sempre vem à cabeça como ela se mantém firme no seu propósito, criando e compartilhando traços, sonhos e produtos lindos com o mundo. A nova oficina que ela criou mostra bem isso!

A Oficina para Sonhadores Amanda Mol nos convida para um passeio incrível pela trajetória e pelo mundo dessa mineira sonhadora e ilustradora de todo coração, como ela mesma diz. Resolvi listar aqui 6 motivos que tornam essa Oficina imperdível <3 Vamos lá?

oficina para sonhadores amanda mol

1 – Site da oficina

A experiência encantadora já começa logo que acessamos a página principal da plataforma para sonhadoras <3 O layout é um sonho (aliás, o de todas oficinas da Amanda). Lindo, leve e agradável. Dá vontade de ficar horas olhando os desenhos, mas sem dúvidas os vídeos são os melhores.

site amanda

Confira os vídeos com pílulas da Oficina no Canal da Amanda no Youtube

2 – A história da Amanda 

O curso começa com uma dose cavalar de inspiração e coisas boas. Amanda conta toda sua trajetória desde que começou a trabalhar com criação. As vontades, o apoio da família, as dificuldades, tudo tão simples, tão cheio de sonho que é impossível não se sentir inspirado.  Me identifiquei com várias situações que a Amanda descreve, como trabalhar incansavelmente para chegar em algo que tem a nossa cara, que traduz aqui que a gente é. Nada, nenhum projeto nasce pronto e assim permanece, tudo é um processo intenso de construção.

anda mol atelie

3 – Bate papo sobre criatividade

Logo nos primeiros vídeos, Amanda recebe a Bárbara Magri, fotógrafa e videomaker da Raval Filmes e também quem cuida das gravações e fotos das Oficinas online da Amanda. O bate papo também é enriquecedor e Bárbara conta como se mantém constantemente inspirada e criando, fala sobre as principais referências na hora de colocar as ideias me prática. Pela lindeza das fotos e vídeos da Raval, dá para saber que tem muita coisa boa aí.

entrevista barbara magri

4 – Passo a passo de como criar uma ilustração em aquarela

Além de falar e mostrar MUITOS detalhes do processo de criação de ilustrações e produtos da sua loja online, Amanda também dá uma aula detalhada sobre ferramentas de trabalho e de ilustração.para finalizar, ela ainda ensina como criar uma ilustração em aquarela usando uma imagem como referência. Confesso que não fui tão disciplinada e pulei essa parte, pois eu estava mesmo ansiosa pelo que vinha depois!

alce amanda mol mesa de luz

5 – Criando produtos com ilustrações

Essa foi minha parte favorita de toda oficina <3 É tão bom quando criativos que admiramos compartilham alguns segredinhos incríveis! Amanda fala sobre seus fornecedores, sobre como cria os produtos e mostra 3 passo a passo lindo de caderninhos e ímãs de geladeira criados com base em ilustrações que ela mostra como fazer, quais materiais usar e de que forma aproveitar.

Já fiz inclusive a Oficina de Ilustração da Amanda, que é imperdível! Essa Oficina me ajudou a desbloquear o pensamento de que não sabia desenhar e na última coleção da Toda Coisinha tem inclusive produto com aquarela feita por mim! <3 É a Bandeirola Raposinha do Cerrado. Aquarelei os padrões indígenas com base em pesquisas e gostei bastante do resultado. Veja aqui como ficou.

criação de desenhos e produtos amanda mol6 - Dicas valiosas para se manter sempre criativo

Pra mim, se manter criativo está diretamente ligado a tirar as ideias do papel. Amanda veio confirmar isso nos últimos episódios da Oficina para Sonhadores. Além de dicas preciosas para manter um sonhador de pé, ela conta sobre erros e acertos que já teve durante o tempo que trabalho com criação. Nessas horas, nada melhor que a voz da experiência, não é?

tattoo amanda mol

Amanda ainda finaliza a Oficina com uma conversa sincera e afetuosa sobre sonhos, sentimentos e propósito, tudo isso pra fechar com chave de ouro.

Indico qualquer produto ou serviço da Amanda Mol de olhos fechados, pois conheço de perto o trabalho dela e sei que tudo o que vem desse cantinho inspirador, vem recheadinho de amor.

Clique aqui para se Inscrever na Oficina para Sonhadores

Fotos: Raval Filmes

 

Meu Pequeno Ateliê – 6 m², muito amor e muitas funções

‘Ateliê é um termo francês para estúdio, é o lugar de trabalho de pessoas com vontade de criar e onde se pode experimentar, manipular e produzir um ou mais tipos de arte. Também é conhecida a conotação de atelier como a casa de um alquimista ou feiticeiro.’

Adoro essa definição de ateliê que encontrei no dicionário informal. Pra mim ela define bem o que faço no meu cantinho recém reformado.

Quem já acompanha o blog e costuma ler os posts, sabe das mudanças todas que aconteceram nos últimos anos: cidade nova, casa nova, vida nova. Quando escolhemos este apartamento onde moramos, um fator que pesou muito foi que ele tinha 2 quartos + um quarto reversível (que eles dizem ser quarto de empregada). Logo imaginei esse quartinho como um espaço de trabalho, pequeno, porém afetuoso, recheado de coisinhas e a ideia era colocar os planos em prática o mais rápido possível.

Atelie da Zih-18

Vem chegando <3  A cor da porta é Menina Moça, da Coral. 

Mas sabe aquela história ‘expectativa x vida real’? Pois então. O quartinho de coisinhas, com piso estourado, acabou virando um quartinho da bagunça e meu home office foi parar na sala (que foi mais um dos pontos definitivos pelo qual escolhemos o apê – ela é bem ampla). Consegui me virar assim por pouco mais de 2 anos, mas chegou um momento em que não deu mais. Meu trabalho travou e enquanto trabalhava, a preocupação com as coisas da casa não me deixava em paz. Além disso, dividir uma sala com um home office é bem complicado tendo uma adolescente em casa  e que adora chegar do colégio, assistir séries na TV e ouvir música. Home office na sala pode ser uma solução temporária maravilhosa, mas a longo prazo não é sustentável.

atelie anterior

O ateliê na sala na sua segunda versão – um pouco mais organizado do que no início.

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A última versão do ateliê na sala – com a Cleozinha e a mesa em um lugar mais claro <3

No meio do ano passado conseguimos trocar o piso do quartinho e pintar. De lá pra cá vim comprando móveis aos pouquinhos, cada mês um. E quando eu achava que ia conseguir finalmente arrumar o ateliê e tirar o home office da sala, surgia um imprevisto. O último foi minha irmã que passou 3 meses aqui por causa de um trabalho e o ateliê acabou virando o quarto dela.

Depois que ela foi embora, no fim de setembro, começou a correria já de produção de fim de ano junto de um enorme desânimo pessoal. Foi um momento complicado, mas quando chegou dezembro decidi que não podia mais deixar as coisas como estavam. Coloquei a mão na massa e decidi que não ia mais demorar nem enrolar para ter meu cantinho de trabalho tão sonhado e tão planejado.

atelie geral1

A mesa dobrável onde estão os quadros (na foto anterior) é na verdade onde faço as embalagens das compras da Toda Coisinha. Ela fecha e dá mais espaço no ateliê, ainda pretendo colocar uma prateleira pequena em cima dela para colocar minha coleção de cogumelos e algumas outras coisinhas.

atelie das coisinhas

Estante e armário suspenso comprados no Mercado Livre e escrivaninha do OLX – ela eu reformei e pintei. A cadeira Eames transparente já me acompanha desde Minas.

A estante ainda bagunçadinha é a realidade, nela guardo tecidos, material de costura e uma parte do estoque da Toda Coisinha. Obviamente a expectativa é conseguir deixar ela tinindo, por isso a porta de vidro. No armário suspenso (que eu mesma, com muito orgulho, montei e só precisei de ajuda pra colocar ele lá no alto) guardo o estoque de coisas maiores, como quadros, almofadas e alguns materiais de trabalho.

Obviamente, o ateliê não saiu como havia planejado lá no início, mas eu acredito que realmente tudo tem seu tempo e o universo conspira para tudo acontecer como deve ser. O tempo do universo não é igual o nosso tempo, cheio de ansiedade e de vontades. Tanto que no meio desse caminho entrei em um curso de ourivesaria e a forma como havia planejado o ateliê antes não comportava um espaço para esse novo fazer. O tempo nesse caso serviu também como um período de adaptação, de conhecimento e de reconhecimento, mesmo que eu não tivesse plena consciência disso.

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Do outro lado do quarto, a banca de ourivesaria e aquele arquivo que aparece cinza lá na primeira foto do post.

Para deixar o arquivo lindo assim: lixei com lixa própria para metal, passei primer para metal e depois mais 3 camadas de esmalte sintético branco fosco para metal usando um rolinho de espuma.

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A plantinha se chama dinheiro em penca. Vai que atrai, né?

Minhas dicas são: Use máscara (para não respirar pó de metal), óculos de proteção (metal no olho coça pra caramba) e uma luva. Forre bem a área e faça isso num ambiente bem ventilado. Eu não pintei as gavetas por dentro e lixei basicamente para tirar alguns pontos de ferrugem e deixar o móvel áspero para a tinta aderir melhor.

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E atrás da porta rosa ainda tem uma estante pequena onde guardo as caixas que uso para embalar as coisinhas mais cheias de amor desse planeta.

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A escrivaninha azul é onde produzo os acessórios e guardo as peças, alicates, flores e tudo mais.

A escrivaninha azul foi pintada no mesmo esquema. Lixei para tirar o verniz antigo, depois mais uma camada de primer (comprei um que serve para metal e madeira e com ele consegui pintar a porta, a escrivaninha e o arquivo) e depois mais 3 camadas de esmalte sintético na cor Cerca Viva, da Coral. Sim, não era para ser azul assim, queria um tom intermediário entre verde e azul. Foi um pequeno acidente creio eu que por falta de ajuste na máquina de preparo da tinta da Amoedo. Mas eu gostei do resultado. Os puxadores comprei na Caçula por R$4,90 cada <3

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As flores secas eu delicadamente roubei (mentira, eu pedi) da casa da Eva Mota, lá em Vitória da Conquista

Tudo isso coube nesses 6m² de puro amor <3

As fotos são da Anna Chedid, da Annita Loja

Tem coleção nova ‘No Meu Quintal’

Sempre que lanço uma coleção nova na Toda Coisinha o assunto é praticamente repetitivo: mudança. Hoje eu sinto que é diferente. Sempre que conto alguma novidade ou falo sobre algum plano, falo sobre essas mudanças. E isso é fato: minha vida mudou completamente nesses últimos anos, minha rotina, minhas relações, meu trabalho. Não havia como não ficar sacudida com isso.

Foi um chacoalho tão forte que horas parecia que estava tudo fora do lugar, mas que aos poucos eu consegui organizar tirando aquilo que já não cabia mais e valorizando ainda mais o que é importante. E assim sigo nesse processo que afeta não só minha vida pessoal, mas a vida profissional também.

capa tamanduá

Hoje chegou na Toda Coisinha um coleção mais que especial, recheada de afeto, fruto de vivências, pesquisas intensas e muitas horas, dias e meses de trabalho.

‘No Meu Quintal’ fala não só sobre coisas bonitas que temos aqui no nosso país, mas também sobre aquelas belezas que temos por dentro e que sempre descobrimos que na verdade são as nossas raízes, aquilo que sempre esteve aqui e que não muda.

Dar ao trabalho com modelagem, miniaturas e redomas um ar simples e diferente do que já foi feito se tornou o grande desafio do processo criativo dessas peças.

Usando materiais como porcelana fria, aquarela, tinta acrílica, flores trazidas da Bahia e de Minas Gerais, plantinhas colhidas pelos caminhos desse Brasil foi possível traduzir um pouco daquilo que encanta: a exuberância da natureza e dos animais, a beleza dos biomas, a simplicidade do povo e a força e delicadeza que brota mesmo nos ambientes mais áridos.

bandeirola cacto

Bandeirola Cacto

brinco longo palma

Brincos Palma

quadro raposinha1

Quadro Iluminado Raposinha do Cerrado

“Nascida nas minas gerais
Sempre me soube garimpeira
Mas busco,
A leves penas,
O ouro abstrato:
A poesia
Que vive nesta gente
Que sobe e desce montanhas
Que num “é logo ali”
Dá voltas e voltas
Até chegar
De onde nunca saiu:
O coração”

Esses versos da minha conterrânea Adriana Barbosa despertaram em mim um sentimento bom e que está diretamente ligado às peças que criei para a nova coleção. Dá pra sentir?

mini redoma uni cerrado3Além da raposinha do cerrado e do lobo guará, temos também um unicórnio campeiro que passeia pelas Minas Gerais e pelo Centro Oeste do Brasil <3

colar no meu sertnao2

E deixa eu te contar só um segredinho? As minhas peças preferidas são as que lembram a simplicidade, a beleza e a força da vida no sertão mineiro e nordestino <3 Para uma filha de nordestino com uma mineira, acho que não poderia ser diferente, não é?

Tá tudo jóia.

Há algum tempo contei por aqui sobre os novos desafios de aprendizado que escolhi no ano passado e desde então, venho praticando e aperfeiçoando para que o dia de hoje finalmente chegasse.

Hoje é o dia em que coloquei minhas primeiras jóias à venda, antes disso vinha aceitando encomendas, mas lançar as peças na Toda Coisinha requer todo um cuidado, um alinhamento ao trabalho e ao momento pelo qual passo. Acho que talvez por isso eu tenha demorado tanto, já que tinha planos que isso acontecesse ainda no ano passado. Teve também toda uma questão de aceitação, uma aceitação bem estranha que é na verdade aceitar que eu sei fazer jóias. Aceitar que você é bom em algo é às vezes, contraditoriamente, a parte mais difícil.

IMG_3322Hoje me sinto mais segura e sei que as coisas só vão realmente se transformar de verdade quando eu conseguir colocar mais desse projeto no mundo e por inteiro, mas esse é o primeiro passo de muitos que virão.

São apenas 3 peças, mas que têm um significado e uma importância enormes.

Vi o ano começando, férias repentinas surgindo (leia mais aqui) e minha vida profissional fora de ordem. Prazos a cumprir, planos para colocar em prática e o coração pedindo para desacelerar e olhar para dentro. Sempre gostei de contar como me viro bem cuidando da casa e do meu trabalho, mas nos últimos meses esse sentimento foi diferente e eu já contei isso por aqui também.
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O ano de 2016 foi de algumas escolhas muito importantes e as consequências começo a sentir agora. Sempre que a gente se depara com uma nova escolha, é inevitável também se deparar com novas mudanças. E essas mudanças estão chegando com tudo: vejo muitas portas se abrindo no meu caminho, mas sabe aquela hora em que fica difícil escolher onde entrar? Minha primeira reação foi tentar organizar tudo por dentro e por fora e dar espaço para a vida fluir.
Certa vez li que os antigos romanos acreditavam que usar uma anel forjado em ferro no quarto dedo da mão esquerda estava ligado ao fato de haver ali uma veia que vinha direto do coração, a Vena Amoris, como eles chamavam. Além disso, esse anel significava a força e a permanência. Tempos depois, cientistas descobriram que essa veia não existe, mas para os românticos assim como eu, é uma explicação bonita sobre coisas que usamos nas mãos e sobre como usamos nossas mãos. Se tem uma parte do meu corpo que eu amo e venero são as mãos e olha que por muito tempo eu não gostei delas. Meus dedos são finos e compridos e a mão magra que só. A vida inteira recebi críticas pelo fato de minha mão não se encaixar num padrão de beleza de mãos que até hoje eu não entendi qual é. Chamavam de mão de E.T., mão cadavérica, enfim, qualquer coisa que pudesse ser considerada feia, exceto por raras pessoas que achavam na verdade que eram mãos de pianista. A que ponto chegamos?
Mais tarde, quando lá pelo ano de 2011 retomei os trabalhos manuais que hoje são a essência da minha vida junto do amor que consegue escorregar pelas pontas dos dedos, vi que minhas mãos eram mais que perfeitas. O dedo fino é agil e trabalha como uma pinça, a mão magrinha consegue atravessar bocas de potes de vidro e trabalha muito bem com terrários e em 2011 também foram essas mãos que ganharam um anel que significava muito uma mudança muito importante.
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Para os antigos egípicios, os anéis usados como símbolo de compromisso e fidelidade entre um homem e uma mulher tinham o poder sobrenatural de tornar o amor eterno. Certamente há muitas explicações históricas para o uso da aliança e a gente sempre escolhe a que se apegar. Eu e o Tiago, meu marido, trocamos nossas primeiras alianças em 2011. Já tivemos aliança de alga do mar, de coquinho, de pedra, de ouro e hoje usamos uma de prata que foi feita por mim, as primeiras que fiz. É claro que elas têm um significado mais que especial, pois simbolizam pra mim a mudança, as escolhas e a simplicidade que a gente busca no amor. Amor esse que nasceu no Carnaval de 2008 e hoje segue firme e forte.
E dessas escolhas importantes que fiz, uma que tem trazido muitos resultados foi ingressar em um curso de ourivesaria. Trabalhar com as mãos mexe comigo por dentro e por fora e é com muita alegria e depois de muita história que hoje lanço as primeiras jóias da Toda Coisinha.
São alianças simples, mas é aí mesmo na simplicidade que mora a maior beleza do amor. Elos que com a forma infinita do círculo lembram a força e a permanência do amor, a união, o respeito mútuo e o carinho, o que também se resume a ser fiel às crenças e às coisinhas em comum quando se é parte de um casal. Para renovar votos, fazer novos pedidos e celebrar o amor de todas as formas <3
Sobre o que vem pela frente, bem, só tenho uma ideia. Mas tem uma parte minha que se apega muito aos pequenos mundos e tenho muitos planos para eles!